Economia

Governo não deve cumprir meta cheia do superávit primário

De acordo com Mantega, o esforço em 2012 será inferior ao percentual de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) previsto inicialmente


	O ministro da Fazenda, Guido Mantega: ele destacou que o governo tem autorização para deduzir até R$ 42 bilhões, mas disse que o abatimento não chegará a tanto
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O ministro da Fazenda, Guido Mantega: ele destacou que o governo tem autorização para deduzir até R$ 42 bilhões, mas disse que o abatimento não chegará a tanto (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2012 às 13h18.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (6) que o governo não cumprirá a meta cheia do superávit primário – esforço fiscal feito para pagamento dos juros da dívida. De acordo com Mantega, o esforço em 2012 será inferior ao percentual de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) previsto inicialmente.

Segundo Mantega, a redução da meta está relacionada às desonerações tributárias concedidas este ano "Nós temos uma meta de [superávit] primário de 3,1% do PIB e temos autorização para deduzir dessa meta o equivalente a investimentos que nós vamos fazer. Como nós estamos com a arrecadação mais fraca este ano e fazendo reduções de tributos que chegam a R$ 45 bilhões, nossa arrecadação está comprometida. Portanto, nós não devemos fazer o [superávit] primário cheio", declarou Guido Mantega.

Ele destacou que o governo tem autorização para deduzir até R$ 42 bilhões, mas disse que o abatimento não chegará a tanto.

De acordo com o ministro, a diminuição do esforço fiscal não significa um afrouxamento das contas públicas. "Estamos autorizados [a deduzir] todos os anos. Só o fizemos quando a situação ficou mais crítica, como em 2009. Não significa afrouxamento, pois continuamos reduzindo o déficit fiscal nominal. Ele será menor do que o ano passado e a dívida pública continuará caindo", disse.

Acompanhe tudo sobre:PersonalidadesPolíticosPolíticos brasileirosPolítica no Brasileconomia-brasileiraIndicadores econômicosPIBGuido Mantega

Mais de Economia

Mudança em mercado de carbono será 'divisor de águas', diz diretor do Itaú BBA

Senado aprova projeto de atualização patrimonial com itens da MP do IOF

'Impasse do hidrogênio será resolvido em 3 anos', diz presidente de Itaipu

INSS cria norma para devolução dos descontos indevidos para herdeiros