Guido Mantega: ao ratificar que o PSI seria prorrogado até 2014, o ministro anunciou que aportes do Tesouro ao BNDES seriam reduzidos até zerarem (Peter Foley/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2013 às 14h14.
São Paulo - Apesar dos apelos da indústria, os representantes do governo presentes na abertura do Salão Internacional do Transporte (Fenatran) mantiveram suspense em relação ao total de recursos e às condições de financiamento para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) em 2014.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, não falou sequer sobre o assunto e disse que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que já anunciou a prorrogação do PSI, "já disse muito sobre o tema".
Conforme apurado pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, junto a representantes do setor produtivo, o anúncio das novas regras para o PSI só será feito em novembro.
Já a secretária do Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Heloisa Menezes, disse que os detalhes do PSI para 2014 dependem do processo de negociação entre o Tesouro e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"Tem vários fatores em jogo e para permanecer com taxas tão baixas e juros negativos é preciso de um aporte significativo que está em negociação", disse Heloisa.
Criado em 2009, o programa do BNDES é destinado a financiar bens de capital (máquinas e equipamentos) e investimentos em tecnologia e inovação com taxas de juros reduzidas que acabariam em 31 de dezembro.
Na semana passada, ao ratificar que o PSI seria prorrogado até 2014, o ministro Guido Mantega também anunciou que os aportes do Tesouro ao BNDES seriam reduzidos até zerarem.
Heloisa admitiu que o ideal seria que o PSI fosse mais duradouro e que não dependesse de renovação anual.