Economia

Governo estuda reduzir gradualmente subsídios ao diesel, dizem fontes

Medida ocorre diante da queda do barril do petróleo e da desvalorização do dólar ante o real

Governo federal estuda publicar nesta semana um decreto que prevê a retirada gradual das subvenções ao diesel (Marcos Santos/USP Imagens/Agência USP)

Governo federal estuda publicar nesta semana um decreto que prevê a retirada gradual das subvenções ao diesel (Marcos Santos/USP Imagens/Agência USP)

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Reuters

Publicado em 29 de outubro de 2018 às 14h39.

Rio de Janeiro/Brasília - O governo federal estuda publicar nesta semana um decreto que prevê a retirada gradual das subvenções ao diesel já a partir de agora, diante da queda do barril do petróleo e da desvalorização do dólar ante o real, disseram à Reuters três fontes próximas às discussões.

O preço do petróleo Brent perdeu quase 7 por cento em valor neste mês, com o mercado a caminho da maior queda percentual desde julho de 2016. À medida que a eleição se definiu, o dólar recuou para o seu menor valor em cinco meses, reduzindo o montante em reais necessário para importações.

O programa de subsídios ao diesel foi lançado em junho, como resposta do governo a uma greve história dos caminhoneiros no mês anterior. O movimento protestou contra os altos preços do combustível.

Inicialmente, não havia a previsão de que as subvenções fosse retiradas de forma gradual.

Nas regras atuais, o programa tem um orçamento de até 9,5 bilhões de reais e está marcado para terminar no fim deste ano, o que significa dizer que, com a redução do subsídio, a União poderá economizar parte desses recursos.

Procurado, o Ministério da Fazenda não comentou o assunto imediatamente.

Por meio do programa de subsídios, produtores do diesel, como a Petrobras, e importadores que aderiram ao plano devem praticar preços em limites estabelecidos pelo governo, sendo ressarcidos posteriormente em até 30 centavos por litro, dependendo de condições de mercado.

Até o início de outubro, apenas cerca de 1,6 bilhão de reais haviam sido desembolsados para o pagamento de subsídios. Depois disso, a ANP (responsável pelos pagamentos) chegou a liberar novos pagamentos, mas não publicou um balanço completo de quanto foi pago.

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