Economia

Governo estuda nova devolução de recursos do BNDES, diz Meirelles

Declaração do ministro da Fazenda foi dada após ser questionado sobre uma repetição do pagamento de empréstimos feito em 2016

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante reunião em Brasília
31/07/2017 REUTERS/Adriano Machado (Adriano Machado/Reuters)

Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante reunião em Brasília 31/07/2017 REUTERS/Adriano Machado (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de agosto de 2017 às 10h44.

Brasília - O governo estuda a possibilidade de ocorrer nova devolução de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao Tesouro Nacional, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para ajudar na dívida pública.

"É um dos pontos em discussão", disse Meirelles a jornalistas ao ser questionado se havia estudo para que o BNDES repetisse o mesmo tipo de operação realizada no ano passado.

Em 2016, o BNDES pagou antecipadamente 100 bilhões de reais em empréstimos ao Tesouro, o que ajudou a reduzir a dívida pública do país.

"Estamos analisando com o BNDES o fluxo de caixa da instituição, vendo quais são as demandas de crédito e investimento para este ano e o próximo, para saber até que ponto esses recursos se justificam ficar no BNDES ou se o melhor uso de curto prazo seria eles serem devolvidos para o Tesouro com amortização da dívida pública", explicou.

Questionado também sobre o impacto fiscal da privatização da Eletrobras, anunciada na véspera, Meirelles evitou dar números e disse que o processo ainda está sendo estudado.

"Estamos agora trabalhando na modelagem do processo, e fazendo a avaliação de como tudo isso será encaminhado. Tão logo tenhamos números mais precisos e avaliações de mercado um pouco melhor concretizadas, vamos fazer um anúncio", disse.

À Reuters,o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, afirmou que a privatização da Eletrobras pode gerar arrecadação de até 20 bilhões de reais para a União.

Outra questão que o governo corre atrás para colocar as contas públicas em ordem é a criação do Refis, renegociação das dívidas tributárias, o que segundo Meirelles deve voltar a ser discutido com membros do Congresso entre esta terça e quarta-feiras.

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