Economia

Governo estuda aumentar imposto sobre maiores salários

Segundo funcionário da equipe econômica, o governo estuda um amento de imposto sobre os detentores dos maiores salários do Brasil para reduzir déficit


	Notas de real: taxa tributária do salário mais elevado é, atualmente, de 27,5% para aqueles que recebem mais de R$ 4.665 por mês
 (Reprodução)

Notas de real: taxa tributária do salário mais elevado é, atualmente, de 27,5% para aqueles que recebem mais de R$ 4.665 por mês (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2015 às 22h38.

O governo da presidente Dilma Rousseff está estudando um aumento de imposto sobre os detentores dos maiores salários do Brasil entre as diversas opções para elevar as receitas e reduzir o déficit cada vez maior do orçamento, segundo um funcionário de sua equipe econômica que participa das discussões.

Segundo a proposta, o governo criaria uma nova alíquota fiscal com uma taxa de 32 a 35 por cento para aqueles que possuem os salários mais elevados, disse o funcionário, que pediu anonimato porque as discussões não são públicas.

A taxa tributária do salário mais elevado é, atualmente, de 27,5 por cento para aqueles que recebem mais de R$ 4.665 (US$ 1.222) por mês.

O governo está considerando também aumentar os impostos sobre combustíveis de automóveis, bebidas e cigarros, disse o funcionário.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse a repórteres em Paris, na terça-feira, que o governo não havia descartado o aumento do imposto de renda, sem dar detalhes.

Sua assessoria de imprensa não respondeu imediatamente a um pedido por mais detalhes, enviado por e-mail.

Durante o fim de semana, Levy prometeu continuar buscando a disciplina fiscal em um momento em que a maior economia da América Latina enfrenta a ameaça de rebaixamento do crédito soberano para o status de grau especulativo.

A recessão do Brasil colocou pressão sobre os esforços de coleta de impostos e o Congresso, rebelde, se opôs a Dilma ao aprovar novos projetos de leis prevendo gastos neste ano.

Como resultado, o governo estima que registrará um déficit orçamentário no ano que vem, excluindo pagamentos de juros, de R$ 30,5 bilhões, ou cerca de 0,5 por cento do produto interno bruto.

A projeção provocou uma corrida para venda do real na semana passada, que caiu, atingindo o nível mais baixo dos últimos 12 anos.

A moeda se recuperou parcialmente na terça-feira, primeiro dia de negociação após o Dia da Independência do Brasil, comemorado na segunda-feira.

Dilma disse, em seu discurso anual para celebrar o feriado do dia Sete de Setembro, na segunda-feira, que o Brasil terá que avaliar os gastos do governo em meio ao esforço para reduzir a inflação para dentro da faixa-meta.

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