Economia

Governo estima economia de R$ 147,5 mi com horário de verão

A economia será possível com a redução do acionamento de usinas térmicas durante o período


	Horário de verão: a expectativa é que seja possível reduzir o consumo de energia nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste em 0,5%
 (Arquivo/Agência Brasil/Agência Brasil)

Horário de verão: a expectativa é que seja possível reduzir o consumo de energia nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste em 0,5% (Arquivo/Agência Brasil/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 5 de outubro de 2016 às 19h29.

Brasília - O horário de verão deve gerar uma economia de R$ 147,5 milhões ao País, de acordo com estimativa do governo.

A expectativa é que seja possível reduzir o consumo de energia nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste em 0,5%, de acordo com nota divulgada nesta quarta-feira, 5, pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), órgão presidido pelo Ministério de Minas e Energia.

O horário de verão começa no dia 16 de outubro e termina em 19 de fevereiro do próximo ano. A economia será possível com a redução do acionamento de usinas térmicas durante o período. Durante o momento de maior consumo de energia, entre 18h e 21h, a expectativa é que haja uma redução da demanda máxima de 3,7% no Sudeste/Centro-Oeste e de 4,8% no Sul.

Sobradinho

De acordo com a nota do CMSE, o início dos testes para permitir a redução da vazão da usina de Sobradinho, recomendada pelo MME há dois meses, foi autorizado pelo Ibama no fim de setembro. Porém, a Agência Nacional de Águas (ANA) ainda não emitiu resolução para autorizar a Chesf, dona da hidrelétrica, a realizá-los.

Se a vazão de Sobradinho permanecer em 800 metros cúbicos por segundo, o comitê prevê que o reservatório da usina atinja 2,4% até o fim de novembro.

Com a redução para 700 metros cúbicos por segundo ainda neste mês, a expectativa, segundo o CMSE, é de um armazenamento de 3,5%.

A principal preocupação do governo, de acordo com o comitê, não é o fornecimento de energia, mas o abastecimento de água na região da bacia do Rio São Francisco. O problema será tema de uma reunião nesta semana na Casa Civil da Presidência da República.

Risco

Com a queda do consumo e sobra de energia, o governo afastou qualquer chance de racionamento no País neste ano. O risco é zero, levando em consideração a média dos últimos 84 anos de chuvas e a série sintética, que desdobra o histórico em 2.000 cenários hipotéticos.

De acordo com o comitê, no mês de setembro, as chuvas ficaram abaixo da média histórica em todas as regiões. Na Região Sudeste/Centro-Oeste, atingiram 95% da média; no Sul, 74%; no Norte, 53%; e no Nordeste, 33%.

No fim do mês passado, os reservatórios das hidrelétricas atingiram 79,9% de sua capacidade de armazenamento no Sul, 40,1% no Sudeste/Centro-Oeste, 39,8% no Norte e 14,8% no Nordeste.

A previsão, para o fim de outubro, é que os reservatórios atinjam 56,8% no Sul, 29,7% no Sudeste/Centro-Oeste, 24,3% no Norte e 9,5% no Nordeste.

Segundo o comitê, no mês passado, 409,3 megawatts (MW) de energia foram acrescentados ao sistema, além de 1.042 quilômetros de linhas de transmissão.

O principal destaque foi a entrada em operação de duas turbinas da usina de Jirau, com 75 MW cada. Desde janeiro, já entraram em operação 7.350,5 MW de energia nova e 4.069 km em linhas.

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