Economia

Governo da Espanha não concorda com previsões da S&P

Um dia depois do rebaixamento da nota da dívida espanhola pela agência de risco, secretário de Economia do país rebate previsões

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2010 às 10h36.

Madri - O governo da Espanha não compartilha as previsões macroeconômicas da agência de classificação financeira Standard & Poor's (S&P), afirmou nesta quinta-feira o secretário de Estado de Economia, José Manuel Campa, um dia depois da S&P rebaixar a nota da dívida espanhola.

A previsão da S&P de crescimento médio anual de 0,7% no período 2010-2016 "está claramente abaixo das estimativas feitas não apenas pelo governo, mas pela maioria dos analistas tanto nacionais como internacionais", declarou José Manuel Campa.

A S&P rebaixou na quarta-feira em um nível a nota da dívida a longo prazo da Espanha, de "AA+" a "AA".

A agência calculou que o crescimento real do PIB espanhol será na média de 0,7% em ritmo anual no período 2010-2016, contra uma previsão anterior superior a 1% interanual.

A perspectiva complicará o saneamento das finanças públicas espanholas.

A Espanha entrou em recessão em 2008. O país também enfrenta uma taxa de desemprego muito elevada, que superou 20% no primeiro trimestre.

A decisão da S&P foi anunciada em um momento de pânico dos mercados, provocado pelo temor de contágio da crise orçamentária da Grécia para outros países da zona euro, incluindo Portugal e Espanha.

O governo espanhol pediu calma após o anúncio da Standard & Poor's.

Acompanhe tudo sobre:Agências de ratingEspanhaEuropaIndicadores econômicosMercado financeiroPIBPiigsRating

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado reduz projeção do IPCA para 2025 pela 7ª semana consecutiva

Aumento do IOF: Governo e Congresso participam de audiência de conciliação no STF nesta semana

Tarifas de Trump: governo deve regulamentar lei da reciprocidade até terça, diz Alckmin

Renúncias fiscais: somente 40% dos benefícios de R$ 545 bi podem ser cortados neste ano