Economia

Governo do Japão aprova pacote de estímulo de US$29 bilhões

Pacote vai ajudar as regiões menos desenvolvidas e as famílias do país com subsídios, mercadorias e outras atividades


	Rua de Tóquio: analistas estão céticos a respeito da eficácia do pacote de estímulo
 (Bloomberg)

Rua de Tóquio: analistas estão céticos a respeito da eficácia do pacote de estímulo (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de dezembro de 2014 às 14h33.

TÓQUIO - O governo do Japão aprovou neste sábado um pacote de estímulo nos gastos no valor de 29 bilhões de dólares, destinados a ajudar as regiões menos desenvolvidas e as famílias do país com subsídios, mercadorias e outras atividades, mas analistas estão céticos sobre o quanto isso pode estimular o crescimento.

O pacote de 3,5 trilhões de ienes (29,12 bilhões de dólares) foi revelado duas semanas após uma vitória eleitoral maciça da coalizão governista do primeiro-ministro, Shinzo Abe, que lhe rendeu um novo mandato. O governo disse que espera que o plano de estímulo impulsione o PIB do Japão em 0,7 por cento.

Considerando as finanças públicas ruins do Japão, o governo vai evitar a emissão de dívida e financiará o pacote com o dinheiro não gasto de orçamentos anteriores e as receitas fiscais que excederam as previsões orçamentais devido à recuperação econômica.

Com as eleições locais em todo o país previstas para abril, nas quais o bloco de Abe deve vencer para consolidar seu controle do poder, os pacotes de subsídios aos governos regionais buscam estimular o consumo privado e apoiar as pequenas empresas.

Do total, 1,8 bilhão de ienes serão gastos em medidas como a distribuição de cupons para comprar mercadorias, subsídios para a compra de combustível às famílias de baixa renda e financiamento a pequenas empresas.

Os 1,7 bilhão restantes serão usados para a prevenção de desastres e reconstrução das áreas afetadas, incluindo as atingidas pelo tsunami de março de 2011. Tóquio também buscará reforçar o mercado imobiliário, diminuindo as taxas de hipoteca oferecidas por uma agência de crédito à habitação governamental.

"É melhor do que não fazer nada, mas não acredito que este estímulo terá um grande impacto no impulso da economia", disse Masaki Kuwahara, economista da Nomura Securities.

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