Economia

Governo deve mostrar pior índice de atividade econômica

Deve ser o primeiro resultado vermelho do IBC-Br na comparação com a primeira metade do ano anterior desde os impactos da crise financeira internacional de 2008


	Dilma: IBC-Br poderá apresentar pior desempenho de primeiro semestre do governo Dilma
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Dilma: IBC-Br poderá apresentar pior desempenho de primeiro semestre do governo Dilma (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2014 às 15h20.

Brasília - O governo deverá ter de lidar, nesta sexta-feira, 15, com mais um indicador negativo da economia.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) poderá apresentar o pior desempenho de primeiro semestre do governo Dilma Rousseff.

Também deve ser o primeiro resultado vermelho na comparação com a primeira metade do ano anterior desde os impactos da crise financeira internacional de 2008.

A série histórica do BC tem início em 2003, primeiro ano de um governo petista. Analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções indicam taxas negativas para o IBC de junho.

As estimativas consolidadas dessa consulta serão apresentadas ainda esta tarde.

Levantamento feito pela reportagem da Agência Estado com dados disponíveis até agora pelo BC (a série é revisada todos os meses e amanhã certamente sofrerá alteração) revela que desde o início da divulgação dos dados houve crescimento da soma do índice nos primeiros seis meses de cada ano, com exceção de 2009.

Passou de 601,61 para 630,11 de 2003 para 2004 (4,74%), avançou para 657,15 em 2005 (4,29%) e para 677,93 em 2006 (3,16%).

Em 2007, a alta foi de 6,02%, ao atingir a marca de 718,75 e, em 2008, de 5,97% com índice de 2008.

Apenas no primeiro semestre de 2009 houve um recuo do indicador, que fechou o período em 735,27 (3,46%).

Em 2010, com a base de comparação baixa, a elevação foi expressiva (9,48%) e o índice passou pela primeira vez a casa dos 800 (804,94).

Nos três primeiros semestres do governo Dilma, o IBC não saiu desse patamar, apesar de ter avançado em todos os períodos: subiu 4,35% em 2011 (839,98), 0,36% em 2012 (842,97) e 3,41% nos primeiros seis meses do ano passado (871,75).

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