Economia

Governo deve esperar até fim do mês para definir aportes

Segundo fonte, o governo deve esperar até o fim deste mês para definir se haverá novo aporte de recursos para ajudar distribuidoras de eletricidade


	Torres de alta tensão: segundo a fonte do governo, ainda não é certo que haverá uma ajuda
 (REUTERS/Paulo Santos)

Torres de alta tensão: segundo a fonte do governo, ainda não é certo que haverá uma ajuda (REUTERS/Paulo Santos)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2014 às 20h26.

Brasília - O governo federal deve aguardar até o fim deste mês para definir se haverá ou não um novo aporte de recursos para ajudar as distribuidoras de eletricidade a cobrir suas obrigações no mercado de curto prazo de energia, disse à Reuters uma fonte do governo a par do assunto.

O governo fez a intermediação de dois empréstimos, no total de 17,8 bilhões de reais, junto aos bancos neste ano para ajudar as empresas a quitar esses débitos.

O último empréstimo, de 6,6 bilhões de reais, foi contratado em agosto, mas os recursos acabam nesta semana, com a liquidação das operações de curto prazo realizadas em outubro.

Segundo a fonte do governo, ainda não é certo que haverá uma ajuda, mas se houver, essa definição deve ocorrer mais para o fim do mês. "No fim do mês já teremos uma ideia melhor do tamanho do rombo, com os dados das operações do mercado em novembro", disse a fonte. "Precisamos ter uma ideia do tamanho do déficit para saber se deixamos com as empresas ou se o governo ajuda a cobrir".

Além disso, ainda terá de ser realizada uma conversa entre os representantes da área de energia no governo e a nova equipe econômica para saber qual é nova visão do Ministério da Fazenda sobre o assunto, e qual o "espaço fiscal" para uma eventual ajuda.

Um novo empréstimo junto ao setor financeiro é menos provável, uma vez que a elevada exposição dos bancos ao setor elétrico, por conta dos empréstimos já realizados, levaria a condições de financiamento menos favoráveis, segundo essa mesma fonte.

Acompanhe tudo sobre:EletricidadeGoverno

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo