Economia

Governo deve anunciar redução do contingenciamento orçamentário nesta terça

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 3º bimestre será divulgado pelo Ministério do Planejamento e pelo Ministério da Fazenda

Ministério da Fazenda: em relatório distribuído aos clientes, o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) estimou que o contingenciamento será reduzido de R$ 20,7 bilhões para R$ 6 bilhões. (Leandro Fonseca/Exame)

Ministério da Fazenda: em relatório distribuído aos clientes, o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) estimou que o contingenciamento será reduzido de R$ 20,7 bilhões para R$ 6 bilhões. (Leandro Fonseca/Exame)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 22 de julho de 2025 às 06h00.

O governo deve anunciar nesta terça-feira, 22, uma redução do contingenciamento orçamentário, atualmente em R$ 20,7 bilhões, na divulgação do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 3º bimestre.

O documento do Ministério do Planejamento e do Ministério da Fazenda será enviado ao Congresso após o Supremo Tribunal Federal (STF) garantir a validade do decreto que aumenta alíquotas do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).

Em relatório distribuído aos clientes, o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) estimou que o contingenciamento será reduzido de R$ 20,7 bilhões para R$ 6 bilhões.

"O contingenciamento de gastos de R$ 20,7 bilhões anunciado no último relatório bimestral pode ser totalmente revertido sem premissas excessivamente agressivas. Na prática, porém, o tamanho da redução dependerá do apetite ao risco do governo. Esperamos que o congelamento seja reduzido de R$ 20,7 bilhões para R$ 6 bilhões, sem incluir os efeitos da Medida Provisória nº 1.303/25, que permanecem mais incertos", escreveram os analistas do banco.

Mais receitas e mais despesas devem ser apresentadas

Nas contas da instituição financeira, a mudança de parâmetros macroeconômicos, que considera maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e inflação menor, terão efeito líquido neutro na previsão de receitas.

Os economistas do BTG também projetaram um aumento R$ 10 bilhões, entre maio e junho, na receita líquida. Além disso, outros R$ 15 bilhões podem ser incorporados a previsão por meio das concessões previstas de campos de petróleo.

Por outro lado, o banco calculou um aumento de R$ 5 bilhões da despesa pública, impulsionada pelo gasto com o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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