Combustível: o setor de cana deve pedir que o aumento ocorra em uma semana, pois há produto disponível para suprir a demanda (Jeff Pachoud/AFP)
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2015 às 11h55.
Ribeirão Preto e São Paulo - Após meses de negociações, o governo federal deve anunciar ainda nesta quarta-feira, 4, o aumento de 25% para 27% na mistura do etanol anidro à gasolina. O anúncio está previsto para ser feito após uma reunião, marcada para as 17h30, no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
Devem participar do encontro os ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Eduardo Braga (Minas e Energia), e ainda os presidentes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, e do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha.
O setor de cana deve pedir que o aumento ocorra em uma semana, pois há produto disponível para suprir a demanda.
O Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apurou que a reunião foi convocada na noite desta terça-feira, 3, e o governo informou a alguns participantes que se houvesse a divulgação do encontro previamente, poderia haver o cancelamento.
Na agenda de Mercadante não há ainda a previsão da reunião - o último compromisso do ministro é às 15h30 - e na agenda de Braga o encontro não está previsto.
A assessoria da Anfavea, no entanto, confirmou que Moan irá participar da reunião convocada para as 17h30, mas não informou o assunto. Já o presidente do Fórum Nacional Sucroenergético preferiu não comentar o encontro.
O primeiro encontro dos setores automobilístico e sucroenergético com o ministro da Casa Civil foi em 2 de fevereiro e, na ocasião, foi solicitado que os 27% fossem aplicados em até 15 dias, tempo necessário para que as distribuidoras acertassem a compra do produto. Ainda em fevereiro, Mercadante despachou com Dilma a respeito do assunto, mas nada foi definido.
Pela lei atual, o governo pode optar por um porcentual que vai de 18% a 27,5%. A cadeia produtiva de açúcar e álcool havia solicitado, inicialmente, o limite máximo, mas dificuldades quanto à medição do 0,5 ponto porcentual limitaram a mistura a 27% e apenas para a gasolina C. No caso da gasolina premium, o porcentual permanece em 25%.