Economia

Governo deve ampliar meta de déficit primário para 2017 e 2018

Segundo duas fontes consultadas pela Reuters, as metas passarão a 159 bilhões de reais tanto para 2017 quanto para 2018

Banco Central: metas ainda vigentes para o governo central são de rombo de 139 bilhões de reais para este ano e de 129 bilhões para 2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Banco Central: metas ainda vigentes para o governo central são de rombo de 139 bilhões de reais para este ano e de 129 bilhões para 2018 (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 10 de agosto de 2017 às 12h39.

Última atualização em 10 de agosto de 2017 às 14h03.

Brasília - O governo vai anunciar novas e maiores metas de déficit primário, que passarão a 159 bilhões de reais tanto para 2017 quanto para 2018, disseram à Reuters nesta quinta-feira duas fontes do governo, mesma cifra obtida em 2016, buscando sinalizar que pelo menos a trajetória das contas públicas não irá piorar.

As metas ainda vigentes para o governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência) são de rombo de 139 bilhões de reais para este ano e de 129 bilhões de reais para o próximo.

Uma outra fonte com conhecimento sobre o assunto informou ainda que as novas metas serão anunciadas nesta tarde, e que serão adiados os reajustes salariais concedidos a servidores para a partir de janeiro de 2019 apenas, numa medida para demonstrar esforço na contenção de gastos.

A alteração das metas representa uma vitória da ala política do governo, que vinha pressionando por afrouxamento na condução da política fiscal diante do forte congelamento de quase 45 bilhões de reais que atinge a máquina pública --incluindo as emendas parlamentares-- e ameaça o funcionamento de serviços.

Até a véspera, trabalhava-se com a ideia de mudança apenas em setembro, quando será publicado novo relatório de receitas e despesas. A disputa dentro do governo estava intensa, com parte do Planalto alinhado com o Ministério do Planejamento no intuito de promover a mudança.

Mas a Fazenda ainda preferia esperar mais para manter a mensagem de maior. O ministro da pasta, Henrique Meirelles, chegou a dar uma série de declarações nesse sentido, apontando que ainda era cedo para anunciar qualquer mudança e que isso deveria ser em feito em 60 dias ou menos.

O mercado já vem precificando há tempos rombos fiscais superiores às metas atuais. As novas cifras, contudo, deverão ficar acima das últimas contas de déficit primário de 154,8 bilhões de reais para 2017 e de 130,5 bilhões de reais para 2018, conforme relatório Prisma Fiscal divulgado nesta quinta-feira.

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