Economia

Governo deve aceitar reajuste escalonado do IR, diz Levy

A proposta é um dos pontos centrais do ajuste fiscal implantado pela equipe econômica


	Levy: a ideia da proposta é de que seja conferida uma correção maior na tabela para as faixas salariais mais baixas
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Levy: a ideia da proposta é de que seja conferida uma correção maior na tabela para as faixas salariais mais baixas (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2015 às 13h03.

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sinalizou no final da manhã desta terça-feira, 10, que o governo deve aceitar a proposta de escalonar o reajuste na tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), um dos pontos centrais do ajuste fiscal implantado pela equipe econômica.

Levy se reuniu hoje com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e disse acreditar que o governo e o Congresso encontraram "um encaminhamento" para o assunto.

A ideia da proposta é de que seja conferida uma correção maior na tabela para as faixas salariais mais baixas.

Para quem ganha mais, o reajuste seria aquele defendido originalmente pela equipe econômica, de 4,5%, que é o centro da meta de inflação.

"O conceito é de dar um ajuste mais significativo para as faixas de menor renda, de tal forma que os tetos dessas faixas tenham um aumento um pouco maior do que aquele vinha sendo pensado originalmente, de 4,5%", disse o ministro.

Questionado, Levy diz que o governo vai se esforçar para tentar um reajuste de 6,5% para as faixas de menor renda, mas não deu detalhes do escalonamento das correções em cada uma das faixas de contribuições.

Na quarta-feira, 11, o Congresso Nacional deve se reunir para analisar um veto da presidente Dilma, que barrou o reajuste linear da tabela de 6,5%.

Desde a segunda-feira, 9, à noite o governo corre contra o tempo para encontrar uma alternativa e evitar uma nova derrota política no legislativo. Isso porque, além da correção dotada ser maior do que a defendida pelo governo, o projeto é de autoria da oposição.

O governo vinha defendendo uma correção linear da tabela de 4,5%, mas a avaliação no Palácio do Planalto é a de que uma flexibilização é necessária para evitar uma derrota.

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