Economia

Governo considera aumentar ou criar impostos, diz Meirelles

O Governo Central fechou 2015 com o maior déficit primário da história, de quase R$ 115 bilhões


	Henrique Meirelles: o Governo Central fechou 2015 com o maior déficit primário da história, de quase R$ 115 bilhões
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Henrique Meirelles: o Governo Central fechou 2015 com o maior déficit primário da história, de quase R$ 115 bilhões (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2016 às 16h05.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou hoje (5), após reunião com o presidente interino Michel Temer, no Palácio do Planalto, que a meta fiscal estimada pelo governo para o ano que vem será divulgada até quinta-feira (7).

“Hoje não”, respondeu Meirelles ao ser questionado por jornalistas sobre a aguardada divulgação da meta de 2017, que deve revelar se o governo interino pretende aumentar ou criar impostos para reduzir o déficit. Ao sair da reunião com Temer, ele afirmou: “Certamente devemos anunciar até quinta-feira os cálculos todos”.

O Governo Central (Previdência Social, Tesouro Nacional e Banco Central) fechou 2015 com o maior déficit primário da história, de quase R$ 115 bilhões, ou 1,94% do Produto Interno Bruto (PIB). Este ano, a equipe econômica da presidenta afastada Dilma Rousseff pretendia reduzir esse déficit para R$ 96 bilhões.

Em uma de suas primeiras medidas ao assumir a Presidência, contudo, Michel Temer conseguiu a aprovação pelo Congresso de um déficit fiscal ainda maior, de R$ 170,5 bilhões. A expectativa é que no ano que vem o Brasil consiga reduzir esse número.

"Vamos divulgar a meta menor possível, porém a realista e crível", afirmou Meirelles. Ao ser questionado se o governo interino trabalha com a hipótese de aumentar ou criar impostos, o ministro respondeu: "Estamos considerando".

Para o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, repetir os R$ 170 bilhões deste ano seria um sinal positivo o suficiente para o mercado, embora a equipe econômica defenda algo em torno de R$ 150 bilhões.

“No momento em que ela for calculada, será anunciada”, disse Meirelles, sem querer antecipar o valor. Ele negou desentendimentos internos. “Não ha uma divergência, o que existe foi simplesmente a manifestação legítima de uma opinião do ministro Padilha sobre a meta.”

Michel Temer dará a palavra final sobre a cifra, que não é consenso entre a equipe econômica do governo interino, com quem ele esteve reunido ontem (4). Nesta tarde, Temer tem reunião marcada com o deputado Arthur Lira (PP-AL), presidente da Comissão Mista do Orçamento (CMO).

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