Economia

Governo catalão diz que deverá cortar 4 bi de euros em 2013

O anúncio foi feito nesta terça-feira por Francesc Homs, porta-voz do governo interino, em entrevista coletiva


	Candidato do partido Convergencia i Unió (CiU), Arthur Mas: o Governo do CiU fez drásticos cortes em áreas sociais para reduzir o déficit
 (Gustau Nacarino/Reuters)

Candidato do partido Convergencia i Unió (CiU), Arthur Mas: o Governo do CiU fez drásticos cortes em áreas sociais para reduzir o déficit (Gustau Nacarino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2012 às 14h03.

Barcelona - O governo interino da Catalunha estima que o ajuste nas despesas que deverá fazer no orçamento de 2013 é de cerca de 4 bilhões de euros, o equivalente à soma dos cortes dos anos de 2011 e 2012.

O anúncio foi feito nesta terça-feira por Francesc Homs, porta-voz do governo interino, em entrevista coletiva.

"Na própria leitura do orçamento geral do Estado, a situação é de que, no mínimo, teremos que assumir a soma de cortes de 2011 e de 2012", afirmou Homs.

O porta-voz do Executivo catalão acrescentou que a única verba que crescerá no orçamento é a de despesa financeira, que será de 2,3 bilhões de euros.

O partido que governa a Catalunha, o nacionalista Convergência e União (CiU), liderado pelo presidente regional Artur Mas, ganhou as eleições antecipadas do último domingo, mas perdeu 12 cadeiras no parlamento, e agora precisa de apoios para continuar no poder.

Artur Mas, que tinha uma folgada maioria de 62 deputados em um parlamento de 135 cadeiras, ficou após o pleito com 50 parlamentares. Ele adiantou em dois anos as eleições para iniciar um processo que visa a convocação de um referendo sobre o futuro status da Catalunha com relação à Espanha.

A grande beneficiada no pleito foi a ERC, um partido de esquerda, republicano e independentista, que passou de 10 cadeiras a 21.

Mas o líder da legenda, Oriol Junqueras, já antecipou que, entre suas condições para apoiar Artur Mas, estão não só "uma agenda nacional clara e explícita (em referência à realização de um referendo sobre a independência), como "uma mudança econômica", centrada em "um reequilíbrio da pressão fiscal" para centrá-la nos que têm "mais recursos", e menos cortes sociais.

O Governo do CiU fez drásticos cortes em áreas sociais para reduzir o déficit, o que causou mal-estar e mobilizações nos meses anteriores ao pleito. 

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