Agência de empregos no Reino Unido: o "Contrato Jovem" será implementado em abril de 2012 e terá uma duração de três anos (Adrian Dennis/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2011 às 10h41.
Londres - O vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, anunciou nesta sexta-feira um novo plano de 1 bilhão de libras (1,55 bilhão de dólares, 1,165 bilhão de euros) para aliviar o desemprego recorde dos jovens, mais de um milhão dos quais estão atualmente desocupados.
O "Contrato Jovem", que será implementado em abril de 2012 e terá uma duração de três anos, é destinado a buscar postos de trabalho no setor privado para cerca de 410 mil jovens de 18 a 24 anos, anunciou.
O governo espera que 160 mil deles obtenham contratos de seis meses mediante o pagamento de um subsídio de 2.275 libras (3.500 dólares, 2.650 euros) aos empregadores que cobrirá a metade do salário mínimo juvenil.
Também estenderá o sistema existente de experiência de até oito semanas em empresas a outros 250 mil, e aumentará o financiamento para os aprendizes e para um programa destinado aos adolescentes de 16 e 17 anos que não estudam ou trabalham, segundo o governo.
O governo britânico estava submetido a uma pressão crescente para agir depois da divulgação de dados, na semana passada, que apontavam que 1,02 milhão de jovens de 16 a 24 anos estavam desempregados no fim de setembro, um recorde desde o início da avaliação destes dados, em 1992.
Clegg, que apresentou seu programa em vários meios de comunicação, explicou que dará "esperança aos numerosos jovens que neste momento se sentem muito ansiosos e inseguros acerca de seu futuro".
Não informou, no entanto, como iria financiar o novo plano quando o país já está submetido a severas medidas de ajuste para reduzir o déficit.
Interrogado sobre especulações de que o dinheiro poderia vir de uma redução dos benefícios fiscais às famílias que trabalham, Clegg disse na rádio BBC que estavam estudando uma "série de economias".
As novas medidas podem ser anunciadas na próxima terça-feira pelo ministro das Finanças, George Osborne, em seu discurso de outono sobre as perspectivas econômicas do Reino Unido perante o Parlamento.