Mantega: os técnicos do Ministério da Fazenda destacaram que os investimentos deverão ter um papel fundamental para manter as taxas de crescimento sustentável (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 21 de setembro de 2011 às 10h10.
Brasília - O governo considera que as medidas para desaquecer a economia foram eficazes. De acordo com números divulgados nos Estados Unidos pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, após uma expansão da economia de 1,2% no primeiro trimestre, no segundo trimestre houve um crescimento de apenas 0,8% na comparação os três meses anteriores e de 3,1% ante mesmo período de 2010. Pelos cálculos dos técnicos do ministério, em quatro trimestres o crescimento chega a 4,7%, acima da média mundial.
Diferentemente dos relatórios anteriores, os números não foram divulgados no Brasil, e sim nos Estados Unidos, onde Mantega participa, esta semana, do Encontro Anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, em Washington. O Ministério da Fazenda disponibilizou em seu site uma versão em inglês. A tradução para o português, informou a assessoria do ministro, deverá ser publicada até o final da semana.
No relatório, os técnicos do Ministério da Fazenda também destacaram que os investimentos deverão ter um papel fundamental para manter as taxas de crescimento sustentável nos próximos anos. Nessa perspectiva, em 2011, por exemplo, a formação bruta de capital fixo deverá chegar a 19,5% do Produto Interno Bruto (PIB).
Foram destacados, como forma de atingir esses objetivos, vários programas lançados pelo governo, como segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), com investimentos previstos de cerca de R$ 1 trilhão no período 2011-2014, e o Plano Brasil Maior, conhecido também como a nova política industrial, que pretende incentivar a inovação no setor. Outro programa em destaque no relatório é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).
O relatório destaca ainda o ajuste feito na meta de superávit primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), com a elevação em R$ 10 bilhões, obrigando o setor público a economizar, em 2011, R$ 127,9 bilhões ante os R$ 117,9 bilhões previstos anteriormente.