Economia

Governo argentino culpa Shell por ataques contra o peso

O dólar chegou a ser cotado na quinta-feira a 8,40 pesos, mas a injeção de US$ 100 milhões do Banco Central argentino reduziu a alta


	Posto da Shell: "Ontem, o dólar estava a 7,20 e houve um pedido de compra de dólares por 8,40, e depois  determinou em 8,70, e todos sabemos que foi a Shell", disse ministro
 (Getty Images)

Posto da Shell: "Ontem, o dólar estava a 7,20 e houve um pedido de compra de dólares por 8,40, e depois  determinou em 8,70, e todos sabemos que foi a Shell", disse ministro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2014 às 19h14.

Buenos Aires - O ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, disse nesta sexta-feira que a proibição parcial das restrições à compra de dólares tem o objetivo de "dar certeza", após uma brusca desvalorização do peso que o funcionário atribuiu a ataques especulativos da empresa petrolífera Shell.

Kicillof destacou que na desvalorização do peso dos dois últimos dias, nos quais a moeda perdeu mais de 11% de seu valor em relação ao dólar, "se viu que há interesses muito fortes atentando contra o projeto econômico".

"Ontem, surpreendentemente, (o dólar) estava a 7,20 e houve um pedido de compra de dólares por 8,40, e depois se determinou que quem tinha pedido ia pagar 8,70, que todos sabemos que foi a Shell", disse o ministro, em acusação direta à empresa petrolífera holandesa.

"Queriam um dólar a 13 pesos, e dessa forma ontem mesmo tivemos esse ataque especulativo muito forte", acrescentou.

"Não estamos falando de pequenos investidores mas estamos falando do setor que também disse que os depósitos eram intangíveis e ficou com o dinheiro do povo, gerando cotações paralelas formidáveis", atacou o ministro.

O dólar chegou a ser cotado na quinta-feira a 8,40 pesos, mas a injeção de US$ 100 milhões do Banco Central argentino reduziu a alta e a moeda americana fechou a 7,95 pesos, 8,54% menos que no dia anterior, quando já tinha caído 3,47%. 

Atualizado às 20h14.

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