Economia

Governo argentino cria índice e admite que inflação é alta

Ao lançar o Índice de Preços ao Consumidor Nacional Urbano (IPCNU), o governo reconheceu que a inflação está alta no país


	Cristina Kirchner: o índice de inflação tem sido motivo de discussão dentro e fora da Argentina
 (Enrique Marcarian/Reuters)

Cristina Kirchner: o índice de inflação tem sido motivo de discussão dentro e fora da Argentina (Enrique Marcarian/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2014 às 19h47.

Um novo índice para medir a inflação entrou em vigor nesta quinta-feira (13) na Argentina. Ao lançar o Índice de Preços ao Consumidor Nacional Urbano (IPCNU), o governo reconheceu que a inflação está alta no país – em janeiro, o custo de vida aumentou 3,7% em relação ao mês anterior.

A cifra está próxima dos 4,6% calculados por economistas privados, e anunciados ontem (12) pela bancada de oposição no Congresso, e é superior aos números mensais divulgados desde 2007 pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec), que não passavam de 1%.

O índice de inflação tem sido motivo de discussão dentro e fora da Argentina. Economistas do setor privado e do Fundo Monetário Internacional (FMI), além de líderes sindicais, associações de consumidores e políticos da oposição, têm acusado o governo de manipular os números desde 2007, quando mudou a formula de cálculo do Indec.

No ano passado, a inflação oficial medida na Grande Buenos Aires ficou em 10,9% – quase um terço do valor calculado por consultoras privadas, 28,3%.

Depois de sofrer duras críticas do FMI, o governo argentino instituiu um novo índice que para calcular a inflação em todo o país, e nãoo apenas em um grande centro urbano.

Ao anunciar o novo índice, o ministro da Economia, Axel Kicillof, atribuiu o grande aumento de preços em janeiro a uma “campanha política” de setores interessados em desestabilizar o governo, às custas dos consumidores argentinos.

Segundo Kicillof, alguns empresários e comerciantes usaram como desculpa a desvalorização do peso, moeda argentina, e o aumento do dólar paralelo (que é ilegal) para especular. “Isso gerou fortes distorções nos preços”, disse o ministro.

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