Economia

Governo argentino anuncia que "revisará" o valor da YPF

A afirmação feita nesta terça-feira é do vice-ministro de Economia e interventor da YPF, Axel Kicillof, diante do Senado argentino

Nesta semana, o Governo pretende avançar na aprovação no Senado do projeto de lei de desapropriação para iniciar a tramitação na Câmara dos Deputados (Divulgação)

Nesta semana, o Governo pretende avançar na aprovação no Senado do projeto de lei de desapropriação para iniciar a tramitação na Câmara dos Deputados (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2012 às 14h54.

Buenos Aires - O Governo argentino anunciou nesta terça-feira que vai revisar os "números" apresentados de forma "imprudente" pelos diretores da companhia petrolífera YPF, assim que tiver acesso as "informações secretas".

A afirmação feita nesta terça-feira é do vice-ministro de Economia e interventor da YPF, Axel Kicillof, diante do Senado argentino.

"Havia muitas informações (da YPF) que não estavam disponíveis para as autoridades", sustentou Kicillof, quem o meio empresarial considera com um dos principais articuladores da desapropriação da companhia petrolífera da espanhola Repsol.

Durante seu comparecimento ao Senado, onde nesta terça-feira começou o trâmite do projeto de lei de desapropriação de 51% das ações da Repsol na companhia petrolífera argentina, Kicillof disse que a "YPF serviu de fonte de recursos para solver a expansão internacional" do grupo espanhol.

Kicillof, uma figura ascendente no Governo da presidente argentina Cristina Kirchner, atacou diretamente o presidente da Repsol, Antonio Brufau.

Conforme o político, "empresários como Brufau vão entenderão o que estamos fazendo. A ideia é que não pensem mais em fazer expansão transnacional com recursos movimentados pela nossa companhia petrolífera", manifestou.

O vice-ministro detalhou que a "Repsol é uma companhia que buscou maximizar seu lucro, o que é legal, mas nessa busca os interesses do grupo se chocaram com os interesses do modelo de crescimento argentino, como inclusão social e dessa forma a convivência se tornou difícil".

Nesta semana, o Governo pretende avançar na aprovação no Senado do projeto de lei de desapropriação para iniciar a tramitação na Câmara dos Deputados.

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