Economia

Governo apresenta Lotex em Londres e EUA, diz Mansueto

Cada um dos encontros já tem cerca de 50 investidores confirmados, disse ele a jornalistas nesta segunda-feira

Loteria: o preço mínimo da empresa é de R$ 923 milhões (Martynasfoto/Thinkstock)

Loteria: o preço mínimo da empresa é de R$ 923 milhões (Martynasfoto/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de setembro de 2017 às 14h27.

São Paulo - O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, embarca para Londres esta semana, onde o governo faz na quinta e na sexta-feira a apresentação para investidores (road-show) de venda da Lotex, a empresa do governo responsável pelas loterias eletrônicas, a "raspadinha".

Cada um dos encontros já tem cerca de 50 investidores confirmados, disse ele a jornalistas nesta segunda-feira, 25. O preço mínimo da empresa é de R$ 923 milhões.

Além da capital inglesa, haverá reuniões do governo brasileiro nos Estados Unidos. Inicialmente, a ideia era fazer os encontros em Nova York, mas as reuniões vão ocorrer em Las Vegas, onde acontece uma feira de jogos e, por isso, terá presença grande de investidores do setor.

A delegação brasileira será composta, além da Fazenda, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e técnicos do Programa de Parcerias de Investimento (PPI), além das empresas contratadas para participar do programa de vendas de ativos.

"A ideia é mostrar na primeira parte um pouco o que está acontecendo no Braisl, as mudanças econômicas. Na segunda parte, o objetivo é falar especificamente sobre a Lotex, com leilão que esperamos que ocorra em dezembro", disse Mansueto nesta segunda. Em cada país, serão dois dias de reuniões, o primeira só o governo falado e o segundo dia para tirar dúvidas específicas dos investidores. Na volta ao Brasil, haverá road-shows no Rio e em São Paulo.

No mundo todo, o mercado de loterias instantâneas é controlado por cerca de cinco grandes empresas e, segundo o secretário, todas já demonstraram que querem participar do leilão. "Você tem legislação muito clara, que está em consulta pública", disse ele.

A "raspadinha" representa cerca de 25% do mercado mundial de loterias, disse Mansueto, ressaltando que alguns mercados, como Portugal, o porcentual chega a 50%. "As empresas precisam de ganho de escala grande", afirmou, ressaltando que, no Brasil, as loterias da Caixa possuem 13 mil pontos de vendas. "Na Lotex, para a empresa ser lucrativa, vai precisar mais ou menos de 65 mil pontos. É um desafio muito grande de logística, porque tem que enviar bilhete para o interior do Maranhão, do Piauí."

Apesar de o leilão estar marcado para dezembro, o dinheiro arrecadado com a operação não deve entrar no resultado do governo este ano, pois a liquidação financeira vai acontecer depois do dia 20 do último mês do ano e assim ficará para 2018.

Mansueto participou nesta segunda-feira do seminário "Países emergentes e a agenda para o desenvolvimento sustentável", realizado na Fundação Getulio Vargas (FGV).

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