Jair Bolsonaro e Paulo Guedes: "Fizemos uma brutal simplificação nas obrigações trabalhistas, que está sendo anunciada agora" (Ueslei Marcelino/Reuters)
Victor Sena
Publicado em 22 de outubro de 2020 às 18h33.
Última atualização em 22 de outubro de 2020 às 18h41.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo anunciará em "uma ou duas semanas" a simplificação de 2.000 regras trabalhistas. Guedes participou nesta quinta-feira de uma cerimônia no Palácio do Planalto para anunciar a revogação de 48 portarias do setor, melhorias no eSocial e uma nova norma de segurança do trabalho para o setor agrícola. O pacote é chamado de Descomplica Trabalhista.
"Fizemos uma brutal simplificação nas obrigações trabalhistas, que está sendo anunciada agora. Alguém com duas, três vaquinhas precisava de contador, de preencher formulários, é um absurdo", disse Guedes.
Segundo o ministro, caberá ao secretário de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, o anúncio das novas simplificações.
Na cerimônia, Bruno Bianco disse que o governo está revisitando todo o acervo trabalhista para facilitar a vida dos empregadores.
"Revogamos hoje 48 portarias inúteis e que atrapalham quem quer empreender no país", afirmou o secretário.
Em relação ao eSocial, Bianco afirmou que foram simplificadas as exigências das informações trabalhistas que devem ser prestadas pelos empregadores. "Teremos o fim da prestação de informações duplicadas, ficando apenas com as informações essenciais. Estamos simplificando a vida dos empresários", completou.
Segundo Bianco, a nova norma de segurança do trabalho resultará em uma economia de 4 bilhões de reais por ano para o setor agrícola. "A NR pedia que o pequeno empresário rural cumprisse os mesmos requisitos de uma grande propriedade rural ou empresa urbana. O pequeno produtor de leite tinha de elaborar um plano de prevenção de riscos ambientais todos os anos. Isso só inviabiliza a vida dele e dá a possibilidade de levar uma multa" afirmou.
De acordo com o secretário, 11 normas de segurança do trabalho foram revisadas pelo atual governo, resultando em uma economia de 20 bilhões de reais por ano para o setor produtivo.