Economia

Governo anuncia medidas para fortalecer a economia

O ministro Guido Mantega disse que o país está com média de crescimento de 4% do PIB nos últimos anos e "podemos crescer 4,5% este ano"

Mantega disse que as novas medidas do Plano Brasil Maior vão fortalecer a economia brasileira, garantir crescimento sustentado e permitir que o país enfrente problemas (Roberto Stuckert Filho/PR)

Mantega disse que as novas medidas do Plano Brasil Maior vão fortalecer a economia brasileira, garantir crescimento sustentado e permitir que o país enfrente problemas (Roberto Stuckert Filho/PR)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2012 às 11h38.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que as novas medidas do Plano Brasil Maior vão fortalecer a economia brasileira, garantir crescimento sustentado e permitir que o país enfrente problemas da economia internacional. A declaração foi feita durante discurso na cerimônia de anúncio da segunda fase do Plano Brasil Maior, em cerimônia no Palácio do Planalto, da qual participam também os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil), além da presidente Dilma Rousseff.

Mantega disse que o país está com média de crescimento de 4% do PIB nos últimos anos e "podemos crescer 4,5% este ano". Segundo ele, os emergentes também terão redução do crescimento em 2012. "O PIB da China, da Índia e da Rússia vai diminuir", afirmou. "O Brasil será um dos poucos que vai crescer mais em 2012", completou. De acordo com o ministro, o país está próximo do pleno emprego, mesmo com crescimento mais moderado. Mantega disse ainda que "ao final deste ano, deveremos ter dívida de 35,7% do PIB".

Mantega não apresentou medidas novas para combater a valorização do real, mas deu um recado: mais importante que as medidas já adotadas pelo governo para conter o "tsunami cambial", são as medidas que o governo ainda pode adotar. Segundo ele, as ações sobre o câmbio são de caráter permanente. "Temos tomado medidas frequentes e continuaremos", afirmou.

Mantega argumentou que o câmbio se tornou o principal instrumento de competitividade entre os países. "Todo mundo quer desvalorizar suas moedas para as suas mercadorias ficarem mais barata no mercado internacional", disse. Segundo ele, esta era uma prática dos países asiáticos, mas que passou a ser adotada por países avançados, como Estados Unidos e Japão, além dos países europeus. "O câmbio é fundamental para ver se a mercadoria vai ser cara ou barata", disse.

Mantega citou medidas de desoneração, como a redução dos encargos sobre folha de pagamento de alguns setores, bem como reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O ministro também disse que tributos para infraestrutura portuária e ferroviária serão reduzidos. "Haverá ainda postregação do pagamento de PIS e Cofins para indústrias afetadas pela crise", completou.

De acordo com Mantega, o pacote traz as já esperadas medidas de defesa comercial, bem como ações para baratear o crédito aos exportadores. Também foram incluídos os prometidos incentivos ao setor de telecomunicações, sobretudo à indústria de semicondutores. O governo também irá reeditar o programa "Um computador por aluno".

Dentro das medidas creditícias, o Programa de Sustentação dos Investimentos (PSI) terá um aumento no volume de recursos disponíveis para financiamentos, com redução nas taxas de juros e com prazos e coberturas maiores.

"Finalmente, o novo Regime Automotivo vai estimular investimentos das montadoras no Brasil. Serão medidas no sentido de ampliar produção nacional, desenvolvendo tecnologia e engenharia no Brasil", afirmou Mantega.

O pacote inclui ainda uma ampliação do leque de setores que serão beneficiados pelo mecanismo de compras governamentais, além de um apoio específico para as instituições que cuidam da atenção oncológica.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBrasil MaiorCrise econômicaCrises em empresasDados de BrasilGoverno DilmaGuido MantegaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês