Lula: governo atual enfrenta muitos desafios em diversos setores (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)
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Publicado em 6 de junho de 2024 às 17h37.
Última atualização em 6 de junho de 2024 às 22h27.
Nesta quinta-feira, 6, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT-SP), anunciou que o governo federal editará uma medida provisória (MP) para ajudar os trabalhadores formais do Rio Grande do Sul que estão sem receber remuneração devido à paralisação das empresas gaúchas. A iniciativa da União é uma resposta às graves consequências do desastre climático do estado.
O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitar o bairro Passo de Estrela, na cidade de Cruzeiro do Sul, onde 650 moradias foram destruídas.
Marinho explicou que o governo oferecerá duas parcelas de salário mínimo a todos os funcionários de empresas gaúchas que aderirem ao programa. Em troca, as empresas que participarem deverão garantir a manutenção dos empregos desses trabalhadores.
De acordo com o ministro, a MP beneficiará todas as companhias localizadas nas zonas afetadas pelas chuvas e enchentes.
O Ministério do Trabalho estima que mais de 434 mil trabalhadores serão beneficiados, incluindo 326 mil funcionários regidos pela CLT, 40 mil trabalhadores domésticos, 35 mil estagiários e 27 mil pescadores.
"[As parcelas de salário mínimo] vão ser para os municípios em calamidade, mas também para aqueles atingidos pela mancha de inundação. Pedimos que empresários façam esforço para colaborarem com a manutenção dos empregos. Ao aderir, empresas se comprometem com a manutenção desses empregos", disse Marinho.
Segundo o governo federal, os pagamentos serão feitos em julho e agosto e a expectativa é que aproximadamente 434 mil trabalhadores formais recebam R$ 1.412,00, por mês.
A ação federal de apoio aos trabalhadores vinha sendo discutida entre o presidente Lula e o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Nesta semana, Leite aumentou a pressão sobre o governo federal, solicitando a criação de um programa para pagar parte dos salários das pessoas que estão sem trabalhar devido às enchentes. Na terça-feira, 4, ele chegou a viajar para Brasília (DF) para pedir uma audiência com Lula para tratar das medidas de recuperação do estado.