Economia

Governo amplia prazo de saque de abono salarial

Aqueles que não sacaram o abono poderão fazê-lo entre os dias 28 de julho e 31 de agosto.


	Dinheiro: cerca de 1,2 milhão de beneficiários ainda não compareceram para retirar o abono salarial
 (Vinicius Ramalh Tupinamba/Thinkstock)

Dinheiro: cerca de 1,2 milhão de beneficiários ainda não compareceram para retirar o abono salarial (Vinicius Ramalh Tupinamba/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2016 às 08h40.

Brasília - Em mais uma tentativa de criar uma agenda positiva, o governo do presidente em exercício Michel Temer autorizou "excepcionalmente" a ampliação do prazo para o pagamento do abono salarial, referente ao exercício de 2015/2016, aos participantes que não retiraram o benefício no prazo encerrado quinta-feira. 30. Aqueles que não sacaram o abono poderão fazê-lo entre os dias 28 de julho e 31 de agosto.

Segundo o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, 95% dos trabalhadores que têm direito ao benefício sacaram o recurso. No entanto, cerca de 1,2 milhão de beneficiários ainda não compareceram.

Nogueira negou que a intenção do governo seja oferecer um pacote de bondades. "Esse dinheiro é do trabalhador e não dá pra considerar gesto de bondade, é gesto de justiça", disse. Segundo o ministro, não há impacto nas contas públicas porque os recursos em questão já estavam disponíveis.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que a extensão de prazo de abono não tem nada a ver com eleição ou baixa popularidade. "Tem a ver com governar para todos. Por isso que existe governo", disse.

Nogueira afirmou que o governo já havia feito uma campanha enviando cartas aos trabalhadores para informar do direito ao benefício, mas que agora, com a extensão do prazo e uma "campanha de divulgação intensificada", acredita que o objetivo de alcançar 100% dos beneficiários será exitoso.

Segundo Nogueira, 22 milhões de trabalhadores têm direito ao benefício. Podem receber o abono salarial pessoas que trabalharam com vínculo empregatício por pelo menos 30 dias em 2015, ganhando, em média, até dois salários mínimos e que estejam inscritos no PIS ou Pasep há cinco anos, ou seja, pelo menos, desde 2010.

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