Economia

GO Associados prevê déficit externo maior no 2º semestre

A causa, segundo diretor, será a reversão da balança comercial com queda de 1,7% nas exportações e alta de 0,6% nas importações


	Soja: queda na receita com exportações será por recuo nos preços agrícolas, principalmente de soja
 (Paulo Fridman/Bloomberg/Bloomberg)

Soja: queda na receita com exportações será por recuo nos preços agrícolas, principalmente de soja (Paulo Fridman/Bloomberg/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 15h48.

Ribeirão Preto, SP - O diretor de Pesquisa Econômica da GO Associados, Fabio Silveira, avaliou que, apesar da estabilidade no acumulado de 12 meses em pouco acima de US$ 81 bilhões, o déficit em transações correntes deve crescer no segundo semestre e ir para US$ 85 bilhões.

A causa, segundo ele, será a reversão da balança comercial brasileira, que ainda tem um superávit, para um déficit de US$ 3 bilhões ao final de 2014.

A GO Associados estima que o desempenho negativo da balança comercial será fruto de uma queda de 1,7% nas exportações anuais, para US$ 238 bilhões, e uma alta de 0,6% nas importações ante 2013, para US$ 241 bilhões.

A queda na receita com as vendas externas será por causa do recuo nos preços agrícolas, principalmente de soja, além do baixo dinamismo na economia global.

A leve alta nas importações será fruto, segundo a consultoria, do varejo brasileiro ainda aquecido, com alta estimada entre 2013 e 2014 de 3,2% nas vendas.

"Pode ser que tenhamos resultado melhor nas transações correntes, mas seria uma melhora relativa ruim, porque ocorreria pelo enfraquecimento ainda maior da atividade, o que traria o recuo nas importações", disse.

Segundo Silveira, o déficit em transações correntes mudou de nível em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). "Entre 2010 e 2012, o déficit ficava em 2% e hoje está próximo a 4% do PIB, um novo patamar que mostra o desequilíbrio externo que, se não for corrigido, pode pressionar a taxa de câmbio, o que não seria bom porque traria inflação."

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