Economia

Gleisi Hoffmann confirma Infraero nas novas concessões

Ministra-chefe da Casa Civil diz que novo modelo de concessão deve estar pronto em outubro e que a empresa terá participação em qualquer que seja a escolha do governo


	Gleisi Hoffmann: a ministra não informou qual o modelo será adotado no caso dos aeroportos nem dos portos
 (Wilson Dias/ABr)

Gleisi Hoffmann: a ministra não informou qual o modelo será adotado no caso dos aeroportos nem dos portos (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2012 às 22h30.

Brasilia - A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou que "a Infraero terá participação em qualquer que seja o modelo" que o governo escolher para administrar os aeroportos do País. A ministra participou, na manhã desta sexta-feira do Bom Dia Ministro, programa transmitido pela NBR, TV do governo federal.

De acordo com Gleisi, ainda no mês de outubro, deverá estar pronto o modelo de concessão a ser adotado. "A Infraero sempre terá participação, é nossa empresa, que tem se esforçado e crescido muito na gestão aeroportuária. Então, qualquer que seja o modelo, a Infraero terá participação", reiterou a ministra.

A ministra - que participou de visita a aeroportos europeus no mês passado, em busca de parcerias de modelos de grandes administradoras que o governo gostaria que viessem operar no Brasil - disse que novos modelos ainda estão em estudo. "Independentemente dos europeus, nós queremos falar com as grandes operadoras de aeroportos de todo o mundo, saber da experiência, da gestão dessas operadoras, que já conhecemos por referências e queremos saber o interesse que elas têm pelo Brasil", comentou a ministra.

Gleisi disse ainda que todas as empresas "têm demonstrado muito interesse em fazer operações conjuntas" e que elas fizeram propostas. "Estamos analisando e tão logo tenhamos, vamos divulgar quais são as linhas que o governo brasileiro vai adotar para melhorar a gestão aeroportuária", observou.


Durante a visita à Europa, Gleisi e outras autoridades brasileiras participaram de reuniões com empresas que administram aeroportos europeus, como a Fraport (Frankfurt), a francesa Aéroport de Paris (Charles de Gaulle), a BBA, que administra Heathrow (Londres), e a Schipol, que opera o aeroporto de Amsterdã. Ao retornar ao Brasil, as autoridades se reuniram também com representantes da operadora do aeroporto de Cingapura, Changi. A ideia do governo é conversar com todas aquelas que recebem mais de 40 milhões de passageiros por ano, para as novas concessões de Confins, em Belo Horizonte, e Galeão, no Rio.

O governo não quer que se repita o erro das primeiras concessões, dos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Campinas, concedidos no primeiro semestre deste ano. Nesses leilões, todas as operadoras que ganharam as licitações eram pequenas e não tinham capacidade de gerir o sistema como o governo desejava. O caso mais problemático é o do aeroporto de Viracopos, em Campinas. Lá, a operadora Egis Airport Operation, que venceu a licitação, tem como maior aeroporto sob seus cuidados um terminal no Chipre, que tem capacidade para 5,5 milhões de passageiros por ano, inferior à de Viracopos. O governo projeta movimento de 90 milhões de passageiros por ano em Campinas daqui a 20 anos.

Portos

A ministra não informou qual o modelo será adotado no caso dos aeroportos nem dos portos, mas disse que, neste segundo caso, o porto de Roterdã (Holanda) demonstrou interesse em fazer investimentos no Espírito Santo. "Precisamos de choque de oferta na área portuária", declarou a ministra, ao salientar que visitou os portos de Hamburgo (Alemanha), Roterdã (Holanda) e Antuérpia (Bélgica), que são referência no mundo, e podem ser referência para o Brasil.

"Para portos, por exemplo, é preciso definir "temas complexos, desde a operação em terminais, praticagem (manobra de navios em portos), dragagem (aprofundamento do leito para atracar embarcações maiores)", comentou a ministra, acrescentando que "precisamos colocar à disposição dos usuários mais e melhores serviços".

Segundo Gleisi, o objetivo do governo é "ter oferta suficiente para escoar produção". Ela lembrou que, no caso dos países visitados, muitos são pequenos e dispõem apenas de um porto. No Brasil, observou, é diferente, porque nossa costa é vastíssima e temos vários importantes portos, que precisam ser modernizados.

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