Terminal de soja no porto de Santos: "a logística é peça-chave”, disse Gerdau (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2012 às 09h09.
São Paulo – Para Jorge Gerdau, presidente do grupo Gerdau e coordenador da Câmara de Gestão e Planejamento do governo, o Brasil tem três prioridades para crescer em competitividade: educação, logística e estrutura tributária. “No meu entender, esses fatores colaboram em mais de 60% para a não-competitividade brasileira”, disse, durante o Global Cities Initiative.
Em educação, o maior desafio é construir eficiência na educação básica, segundo Gerdau. No Brasil, essa responsabilidade está nos municípios. “Se eu tiver 50% dos municípios no Brasil mais ou menos analfabetos, como vou conseguir? O governo federal precisa intervir”, disse.
“A logística é peça-chave”, disse Gerdau. No Brasil o custo logístico é de 12% a 15% - ante cerca de 6% no mundo. Gerdau elogiou as parcerias público-privadas anunciadas pelo governo Dilma. Na parte tributária, o Brasil é o único país do mundo que tem ainda processos cumulativos, segundo Gerdau.
São Paulo
Gerdau falou sobre algumas necessidades da cidade de São Paulo, para melhorar sua competitividade. “As tecnologias estão aí, a poupança é insuficiente, como consumir? Como chamar capitais privados? A possibilidade de retorno é ilimitada", afirmou.
“O maior crime que eu posso ter em um balanço de empresa é capital parado”, disse Gerdau. O empresário falou que chega a trabalhar de sábados e domingos porque “o juro no banco trabalha de sábado e domingo”. O empresário afirmou que a competitividade do mundo hoje é global.