Eletricidade: a geração das usinas nucleares saltou 154,1% (Paulo Santos/Reuters)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 13h44.
São Paulo - A necessidade de acionamento de usinas térmicas, como resultado da falta de chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, ocasionou uma expansão de 20,7% no volume de energia produzida neste segmento durante o mês de maio, quando comparado ao mesmo período de 2013. Foram gerados 17.307 MW médios, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Graças aos números do segmento termelétrico, a geração total do conjunto de usinas do Sistema Interligado Nacional (SIN) foi de 60.978 MW médios, uma expansão de 1,8% em igual base comparativa.
O resultado não foi ainda mais expressivo porque a geração a partir de projetos hidráulicos encolheu 5,1% na comparação entre os meses de maio, totalizando 40.535 MW médios. O segmento, que responde por mais de 65% da produção nacional, foi o único a registrar queda da produção em maio.
A última edição do Boletim de Operações de Usinas divulgado pela CCEE mostra que os parques eólicos, por outro lado, aumentaram a produção em 44,4%, para 747 MW médios. A geração das usinas nucleares saltou 154,1% e atingiu 1.763 MW médios.
As plantas a carvão totalizaram 1.823 MW médios, uma expansão de 37,3%, acompanhadas pelo acréscimo de 21,6% nas unidades de biomassa, que geraram 3.038 MW médios.
A capacidade instalada somou 127.026 MW provenientes de 1.118 usinas em operação comercial no período. Foram acrescidos oito empreendimentos, os quais resultaram em uma expansão de 0,13% (167 MW) na capacidade das unidades geradoras em operação comercial em relação a abril.
O principal destaque foi a hidrelétrica de Batalha, com 48,8 MW médios. Entraram no sistema ainda três usinas a biomassa, uma eólica, uma pequena central hidrelétrica (PCH) e duas centrais geradoras hidrelétricas (CGH). "No mesmo mês, foram descadastradas três PCHs do sistema, o que resultou em um acréscimo real de cinco usinas em maio", destacou a CCEE.