Viagens: o Brasil ocupa atualmente o oitavo lugar no índice global de gastos com viagens de negócios e, de acordo com a GBTA, deve passar nos próximos dois anos a Itália, a França e o Reino Unido. (ROBSON FERNANDJES)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
São Paulo - Os gastos de brasileiros com viagens corporativas devem crescer 14,3% em 2013, atingindo o valor de US$ 34,5 bilhões. A projeção é da Global Business Travel Association (GBTA), uma organização de viagens de negócios e reuniões corporativas, que divulgou nesta quarta-feira relatório sobre o Brasil. Em 2012, o País gastou US$ 31,1 bilhões com viagens de negócios.
A GBTA justifica essa expectativa de crescimento pela "ascensão em importantes indicadores econômicos" e menciona o aumento na confiança empresarial, os elevados índices de emprego e a esperança de fortalecimento tanto da economia local quanto global. "O Brasil tem mostrado notável resiliência econômica e vemos isto refletido nos últimos dados sobre viagens corporativas da GBTA. Embora os gastos com viagens de negócios tenham sido mais lentos perto do final de 2012, as taxas de crescimento, tanto para os gastos com viagens como para a economia, estão agora subindo novamente", avaliou o presidente da GBTA, Wellington Costa.
De acordo com o relatório, os gastos com viagens corporativas domésticas devem avançar 12,9%, para US$ 27 bilhões, em 2013. Já os gastos com viagens internacionais devem expandir 20,2% em 2013, alcançando US$ 7,1 bilhões. Para 2014, a estimativa é que os gastos com viagens corporativas cresçam outros 16,1%, para US$ 40 bilhões.
O relatório aponta ainda que, desde 2000, os gastos com viagens corporativas praticamente triplicaram no Brasil, apesar da recessão mundial de 2008 e 2009. De estimados US$ 11 bilhões gastos em 2000, as despesas com viagens expandiram a uma taxa média de 8% ao ano, para mais de US$ 30 bilhões em 2012.
O maior desafio do País é, na visão da organização, expandir a infraestrutura na mesma velocidade do aumento dos gastos. "O grande desafio enfrentado pelo mercado brasileiro de viagens corporativas é se a infraestrutura de viagens e ofertas do País pode acompanhar o ritmo crescente da sua demanda", afirmou Costa. As duas principais deficiências são o baixo número de quartos de hotel e a quantidade reduzida de voos no País, menciona o relatório.
Ranking
O Brasil ocupa atualmente o oitavo lugar no índice global de gastos com viagens de negócios e, de acordo com a GBTA, deve passar nos próximos dois anos a Itália, a França e o Reino Unido, caso mantenha o atual ritmo de crescimento. Isso alçará o País ao quinto lugar global nessa categoria de gastos. A oitava posição foi atingida em 2012, após o País subir um lugar de 2011 para 2012, passando a Coreia do Sul.