Economia

Gasolina subiu 2,86% nos postos após reajuste

Reajuste anunciado pela Petrobras nas refinarias foi de 4%


	Gasolina: em São Paulo, o preço médio ficou em R$ 2,814 nas bombas, enquanto nas distribuidoras foi de R$ 2,373
 (Getty Images)

Gasolina: em São Paulo, o preço médio ficou em R$ 2,814 nas bombas, enquanto nas distribuidoras foi de R$ 2,373 (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 18h19.

Rio de Janeiro - O consumidor brasileiro pagou, em média, 2,86% a mais para encher o tanque de seu automóvel com gasolina nesta semana, após o reajuste anunciado pela Petrobras de 4% nas refinarias.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) divulgou ontem o primeiro levantamento de preços após o aumento que entrou em vigor há uma semana. Para o diesel, o aumento ficou em 4,82%, em média, em comparação aos 8% autorizados pela empresa para as refinarias.

Em São Paulo, o preço médio ficou em R$ 2,814 nas bombas, enquanto nas distribuidoras foi de R$ 2,373. A alta foi de 3,1%, acima da média da Região Sudeste, que ficou em 2,7%. O Acre registrou o maior valor absoluto para a cobrança do litro da gasolina: R$ 3,337.

Já o menor valor foi no Piauí, com preço na bomba a R$ 2,788. Apesar da alta, o peso dos reajustes ainda não foi sentido na inflação em novembro. Segundo os resultados do IPCA, divulgados ontem pelo IBGE, o preço do litro da gasolina subiu 0,63%, e o do etanol aumentou 0,94%, influenciados pela expectativa de aumento e outros fatores. O impacto do reajuste oficial só será sentido em dezembro. "Isso pode adicionar 0,11 ponto porcentual no IPCA", diz o economista Fernando Parmagnani, da consultoria Rosenberg Associados.

Já a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, calcula que cada ponto porcentual de aumento dos combustíveis pode representar 0,03% sobre o índice de inflação, representando uma nova aceleração do indicador. Queda de braço. Os reajustes de preços dos combustíveis estão no centro da disputa entre o Ministério da Fazenda e a Petrobras.

A presidente da empresa, Graça Foster, pretendia aprovar um modelo de reajuste automático para compensar as perdas com as crescentes importações de combustível no mercado internacional. A mudança chegou a ser aprovada pelos diretores, com o objetivo de dar previsibilidade sobre as flutuações de preços. Mas o ministro Guido Mantega, que preside o conselho de administração, barrou a proposta e venceu a queda de braço.

A decisão, entretanto, contrariou as expectativas de mercado. Na segunda-feira, no primeiro pregão após o anúncio do reajuste, as ações caíram 10%. Reajustes. Em média, os preços da gasolina nas bombas variaram entre 1,4%, no Rio de Janeiro, e 6%, na Bahia. De acordo com o levantamento da ANP, na região Nordeste, a alta ficou em 2,9%. No Centro-Oeste, a alta da gasolina ficou em 3,1% e no Sul, a média de alta foi de 3,4%.

O diesel também foi reajustado e a maior alta foi sentida no Sul, onde os preços variaram 5,5% na última semana. No Sudeste, a variação ficou em 4,7% com destaque para São Paulo, onde os preços chegaram a R$ 2,40, com alta de 2,4%. O preço do etanol - que compõe a fórmula da gasolina com 25% - também aumentou. Em média, a alta foi de 2,24%, com destaque para a região Centro Oeste, onde a alta chegou a 5,6% nas bombas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisGasolinaIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoPreços

Mais de Economia

Lula se reúne hoje com Haddad para receber redação final do pacote de corte de gastos

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?