Economia

Gasolina da Petrobras se aproxima de recorde da era de reajustes diários

Em agosto, o valor da gasolina já acumula alta de quase 6% e reflete o mercado internacional do petróleo e disparada do dólar ante o real

Preço da gasolina praticado pela Petrobras nas refinarias alcançou nesta terça-feira o segundo maior nível da era de reajustes diários (Mario Tama/Getty Images)

Preço da gasolina praticado pela Petrobras nas refinarias alcançou nesta terça-feira o segundo maior nível da era de reajustes diários (Mario Tama/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 28 de agosto de 2018 às 12h33.

Última atualização em 28 de agosto de 2018 às 12h34.

São Paulo - O preço médio da gasolina praticado pela Petrobras nas refinarias alcançou nesta terça-feira o segundo maior nível da era de reajustes diários, a 2,0829 reais por litro, apenas ligeiramente abaixo do recorde de 2,0867 reais registrado em maio, durante os protestos dos caminhoneiros.

A empresa informou em seu site que tal cotação será mantida também na quarta-feira.

Em agosto, o valor da gasolina já acumula alta de quase 6 por cento e reflete tanto a firmeza das referências do petróleo no mercado internacional quanto a disparada do dólar ante o real, parâmetros estes utilizados pela petroleira em sua política de formação de preços de combustíveis, em vigor há pouco mais de um ano.

A valorização do derivado de petróleo também se segue a uma interrupção de produção na Replan, a maior refinaria da Petrobras, localizada em Paulínia (SP), que sofreu uma explosão no último dia 20 de agosto.

Na véspera, a empresa informou que a reguladora ANP interditou parcialmente a unidade, cuja capacidade é para processar mais de 400 mil barris por dia, e que já começou a importar diesel para compensar a perda de refino.

Procurada para comentar a alta da gasolina nas refinarias, a Petrobras não respondeu de imediato.

Em campanhas recentes, a companhia vinha destacando que o preço do combustível fóssil por ela praticado representava cerca de um terço do valor final nas bombas dos postos, sobre o qual incidem tributos e é formado conforme estratégia de distribuidores e revendedores.

Além disso, a Petrobras também frisa que não tem o poder de formação de preços da gasolina, que oscilam ao sabor de outras variáveis.

A política de reajustes da Petrobras esteve no cerne dos protestos de caminhoneiros, uma vez que o diesel, combustível mais consumido do país, atingiu patamares recordes pouco antes das manifestações.

Desde junho, o diesel está com seu valor congelado nas refinarias, a 2,0316 reais por litro, graças a uma subvenção econômica oferecida pelo governo.

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