Economia

Galvão Engenharia vence sexto leilão de rodovias do governo

Galvão Engenharia foi a vencedora do leilão de concessão da BR-153 - trecho Tocantins-Goiás - feito hoje na BM&FBovespa


	BR-153, em Goiás: deságio alcançou 45,99% sobre o valor-teto do governo
 (Reproduão/ Google Street View)

BR-153, em Goiás: deságio alcançou 45,99% sobre o valor-teto do governo (Reproduão/ Google Street View)

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Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2014 às 19h55.

São Paulo - A Galvão Engenharia foi a vencedora do leilão de concessão da BR-153 - trecho Tocantins-Goiás - feito hoje (23) na BM&FBovespa, na capital paulista.

O deságio alcançou 45,99% sobre o valor-teto estabelecido pelo governo, de R$ 9,22 para o pedágio a cada 100 quilômetros.

Pelas estimativas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) o valor do investimento pode chegar a R$ 4,31 bilhões.

Além da Galvão Engenharia, outras duas empresas entregaram propostas.

Esse é o sexto trecho rodoviário do Programa de Investimento em Logística (PIL) e faz parte da terceira etapa do programa de concessão de rodovias da ANTT.

A empresa poderá explorar a concessão por 30 anos, investindo em infraestrutura, prestação de serviço público de recuperação, conservação, manutenção, operação, implantação de melhorias e ampliação da capacidade do trecho concedido.

O trecho obtido pela Galvão Engenharia corresponde a 624,8 quilômetros que ligam Anápolis (GO) a Aliança do Tocantins (TO), passando por 24 municípios.

A concessionária deverá duplicar 598,3 quilômetros - quase toda a parte da rodovia que foi concedida.

A iniciativa privada deve investir cerca de R$1,54 bilhão na duplicação desse trecho, que deverá ser concluído em cinco anos.

Estão previstas nesse período 48 interseções e 11 passarelas.


O ministro dos Transportes, César Borges, disse que o leilão foi um sucesso, como os outros cinco feitos anteriormente.

Segundo ele, o pregão transcorreu dentro da perspectiva do governo.

“O importante é ter a participação do setor privado, a melhoria da malha rodoviária e a modicidade tarifária. Essa não como objetivo principal, mas dentro dos objetivos a serem atingidos”.

Na avaliação do ministro, o mercado confia na parceria do governo, que criou condições objetivas e transparentes para dialogar e chegar a um consenso com o setor.

Ele destacou que todas as concessões leiloadas antes já estão avançando, com todas as obras a serem iniciadas até o meio do ano.

“Estamos avançando nas licenças ambientais e o BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] está facilitando os empréstimos para os grupos. Tudo o que foi anunciado no inicio do PIL tem sido uma realidade”, disse Borges.

O vice-presidente da Galvão Engenharia, Carlos Namur, elogiou o diálogo aberto por parte do governo, ouvindo os empresários para construir um ambiente competitivo, e o apoio para proposta com capital financeiro estruturado.

“Isso nos possibilitou que, depois dos estudos de engenharia, tivéssemos a segurança de apresentar uma oferta como essa e a tranquilidade de poder implementar o projeto com a qualidade que o ministro salientou, no prazo e custo que orçamos, com retorno necessário para a população e acionistas”.

De acordo com Namur, depois de fazer muitos estudos, a empresa constatou que esse seria o trecho mais competitivo.

Ele explicou que já havia interesse do grupo em voltar a participar de concessões rodoviárias.

“Como vamos estruturar o investimento, será analisado ao longo do tempo. Através desses investimentos teremos a cobrança do pedágio que é o retorno do investimento”.

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