O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo (Evaristo Sa/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 3 de junho de 2025 às 20h52.
Durante encontro com varejistas em São Paulo nesta terça-feira, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que o Pix parcelado deve ser uma das estratégias eficientes para estimular o setor independentemente de mudanças na taxa básica de juros, que está em 14,75% ao ano.
A nova modalidade do sistema de pagamentos do BC está prevista para setembro.
Durante o encontro com o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), o presidente do BC tratou do cenário para economia, da agenda do Banco Central para o Pix e dos desafios para controle de inflação pela autoridade monetária. O varejo tem sido um dos setor produtivos mais vocais em críticas ao patamar elevado da Selic.
Em nota, o IDV afirmou que Galípolo citou arranjos que seriam mais eficientes na política econômica voltada para o varejo “sem mexer na Selic”. Um desses arranjos seria o Pix Parcelado, que permite a divisão de um pagamento em várias etapas. Ele também citou que apesar dos juros em patamares altos, a economia dá sinais de vigor:
— Muitas pessoas questionam a taxa de juros de dois dígitos, mas, mesmo assim, o país está em pleno emprego, sendo o menor nível de desemprego na série histórica do país — afirmou Galípolo.
Segundo o presidente do IDV, Jorge Gonçalves Filho, a entidade deve criar um grupo de trabalho específico sobre o Pix parcelado para colaborar com sugestões ao Banco Central. Participaram do encontro com o presidente do PC, empresários do setor como Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, e Flávio Rocha, da Riachuelo.
Além do Pix Parcelado, a agenda do Banco Central traz o lançamento do Pix Automático, que será feita em um evento em São Paulo nesta quarta-feira. O evento contará com a presença do presidente do BC e reunirá representantes de empresas recebedoras, prestadoras de serviços de pagamentos, iniciadoras de transações e desenvolvedores de soluções de integração.
Com o Pix Automático, os consumidores vão poder autorizar, de forma prévia, pagamentos recorrentes diretamente pelo aplicativo dos bancos.
A expectativa é que a funcionalidade ganhe espaço em pagamentos de serviços como telefonia, assinaturas de streaming, mensalidades de academias, escolas e contas como luz e água, como uma alternativa ao débito automático em conta e o uso de cartões de crédito.