Economia

G7 critica decisão da Índia de suspender exportações de trigo

Os ministros da Agricultura do G7 afirmaram neste sábado (14) que a suspensão das exportações de trigo da Índia "agravará a crise" de abastecimento mundial de grãos

Plantação de trigo em Sonepat, na Índia (Prashanth Vishwanathanan/Bloomberg/Bloomberg)

Plantação de trigo em Sonepat, na Índia (Prashanth Vishwanathanan/Bloomberg/Bloomberg)

A

AFP

Publicado em 14 de maio de 2022 às 13h24.

Os ministros da Agricultura do G7 afirmaram neste sábado (14) que a suspensão das exportações de trigo da Índia "agravará a crise" de abastecimento mundial de grãos provocada pela guerra na Ucrânia.

"Se todos começarem a restringir suas exportações ou a fechar seus mercados, a crise se agravará e isso também prejudicará a Índia e seus agricultores", disse o ministro alemão, Cem Özdemir, após uma reunião com seus homólogos do G7 em Stuttgart.

"Instamos a Índia a assumir suas responsabilidades como membro do G20", acrescentou.

O país asiático é o segundo maior produtor mundial de trigo e proibiu neste sábado a exportação do grão, que só será permitida com uma autorização especial do governo.

Essa medida reforçou os temores de um agravamento da crise provocada pela invasão russa da Ucrânia, um dos cinco maiores produtores mundiais de milho e trigo.

Com o bloqueio dos portos ucranianos, cerca de 20 toneladas de cereais estão armazenadas no país, cuja safra deste ano está ameaçada pela guerra.

A Índia, por sua vez, passa por uma onda de calor extremo que prejudicou sua produção de grãos. Assim, decidiu suspender suas exportações para garantir a "segurança alimentar" e fazer frente à disparada dos preços provocada pela guerra na Ucrânia.

Acompanhe tudo sobre:G7 – Grupo dos SeteÍndiaTrigo

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado reduz para 4,63% expectativa de inflação para 2024

Lula se reúne hoje com Haddad para receber redação final do pacote de corte de gastos

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal