Obama acena dentro de carro após chegar em Los Cabos, México (Henry Romero/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de junho de 2012 às 10h53.
Los Cabos - Líderes mundiais, aliviados que os partidos pró-resgate venceram a eleição na Grécia por uma pequena diferença, irão colocar pressão sobre a Europa para cúpula do G20 desta segunda-feira a fim de esboçar uma última estratégia para salvar o euro e acabar com a turbulência financeira.
O grupo das 20 principais economias do mundo, representando mais de 80 por cento da produção mundial, iniciaram uma reunião de dois dias em Los Cabos, México, para priorizar crescimento e criação de empregos, como parte do caminho para impulsionar uma economia global que está perdendo força.
A escalada da violência na Síria e o quase colapso do plano de paz das Nações Unidas também estará em foco quando o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, às margens da cúpula desta segunda-feira. As duas grandes potências estão entrando em confronto sobre o armamento à Síria e as sanções da Organização das Nações Unidas (ONU).
Mas o progresso da Europa em direção às últimas soluções para a crise da dívida será o principal ponto quando os líderes do G20 participarem da sessão de abertura sobre a economia global. Embora a eleição na Grécia tenha diminuído as incertezas imediatas sobre a possibilidade de uma quebra da zona do euro, o alívio nos mercados financeiros pode rapidamente evaporar-se.
Os países do G20 querem ouvir se a Europa está se movendo em direção à adoção de um guia forte com cronograma para atingir o enorme salto de união financeira, fiscal e política a fim de fortalecer a resiliência da união monetária -um caminho que os líderes da UE ainda estão despreparados para seguir antes da cúpula do bloco no final de junho.
O presidente chinês, Hu Jintao, afirmou em entrevista a um jornal durante o final de semana que os membros do G20 devem falar sobre a crise da dívida "de forma construtiva e cooperativa, encorajar e apoiar os esforços feitos na Europa para resolver a crise e enviar um sinal de confiança ao mercado". O Japão apoiou a ideia.
"Nós (vice-primeiro ministro chinês Wang Qishan e eu) concordamos em buscas mais esforços da zona do euro, da Alemanha em particular, uma vez que estabilidade na Europa é indispensável", disse o ministro das Finanças do Japão, Jun Azumi, ao chegar no México para a cúpula.
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, foi bem mais vigoroso, chamando o período de "tempos absolutamente críticos" e alertando a Europa a não desperdiçar esta oportunidade para tomar ações decisivas.
"Nós estamos esperando que a Europa nos diga o que irá fazer", disse Zoellick. "O perigo que estamos criando é o da criação de políticas que estão aumentando as incertezas e deixando os mercados mais nervosos, o que tem um ciclo negativo de feedback", disse ele no domingo numa reunião às margens da cúpula.