Economia

G20 anuncia compromisso de US$ 430 bi adicionais com o FMI

Entre os países que anunciaram respaldo estão Brasil, China e Rússia

Christine Lagarde qualificou em entrevista coletiva os novos recursos como um ''guarda-chuva global''  (Marcello Casal Jr/ABr)

Christine Lagarde qualificou em entrevista coletiva os novos recursos como um ''guarda-chuva global'' (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2012 às 19h49.

Washington - O Grupo dos Vinte (G20, bloco que reúne os países ricos e os principais emergentes) anunciou nesta sexta-feira um compromisso para elevar os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI) em US$ 430 bilhões para fortalecer a estabilidade financeira internacional.

No comunicado final da reunião ministerial, presidida pelo secretário de Finanças do México, José Antonio Meade, assinalou que ''os novos fundos são uma mostra do compromisso da comunidade internacional para proteger a estabilidade financeira global e situar a recuperação econômica em um plano mais seguro''.

Entre os países que anunciaram seu respaldo estão Brasil, China e Rússia, que concretizarão o montante exato ''em seu devido tempo'', o que poderia aumentar o valor do compromisso.

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, qualificou em entrevista coletiva os novos recursos como um ''guarda-chuva global'' e um ''instrumento-chave'' para impulsionar o crescimento, a consolidação fiscal e seguir trabalhando em reformas estruturais.

Estes fundos adicionais serão ''utilizados sabiamente'', acrescentou Lagarde, e ''estarão disponíveis para a totalidade dos membros e não para uma região determinada''.

Além disso, o comunicado do G20 destacou ''as decisões tomadas pelas autoridades europeias para fortalecer as medidas de austeridade europeias como parte de amplos esforços e a injeção de liquidez do Banco Central Europeu (BCE)''.

Com estas contribuições adicionais, que começaram nesta semana com o compromisso por parte do Japão, se supera a meta dos US$ 400 bilhões estabelecida pela própria Lagarde.

A diretora-gerente do FMI reduziu na semana passada o montante necessário para constituir este ''círculo de proteção'' internacional dos US$ 500 bilhões calculados no início de ano para US$ 400 bilhões perante os ''tímidos'' sinais de recuperação global. 

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