Mulheres negras temem perder negócios e emprego durante pandemia (mladenbalinovac/Getty Images)
Marina Filippe
Publicado em 9 de abril de 2020 às 11h48.
Última atualização em 9 de abril de 2020 às 11h49.
O Fundo Baobá, criado em 2011 e dedicado à promoção da equidade racial, lança um edital para apoiar projetos de pessoas e organizações comprometidas com a temática da raça e que estejam ajudando as comunidades no combate do novo coronavírus.
Para isso, a organização busca a capatação de pelo menos 2 milhões de reais a partir da parceria com empresas como Coca-Cola, Johnson & Johnson e outras iniciativas. Até o momento, 600.000 reais já estão disponíveis.
Cada projeto selecionado receberá até 2,5 mil reais. "Entendemos que grande parte das organizações trabalha com voluntários e para a pessoa física esse valor pode ser o correspondente a dois meses de salário", diz Fernanda Lopes, diretora do Fundo Baobá. Um exemplo é o das costureiras de máscaras de proteção.
Os interessados em pleitear o apoio emergencial devem preencher o formulário de requerimento, detalhar a comunidade a ser beneficiada, a necessidade que motiva o pedido, os resultados esperados, as ações a serem realizadas e uma estimativa de orçamento.
Em meio à pandemia do coronavírus, a população negra precisa de atenção especial. Os dados demográficos do Brasil comprovam que a maioria das pessoas que residem em favelas e comunidades, onde o risco de contaminação grande, é negra.
Nos Estados Unidos, o novo coronavírus está matando negros em índices mais elevados do que a população em geral, de acordo com dados preliminares de Louisiana e Michigan.
John Edwards, governador de Louisiana afirmou que 70% das 512 pessoas mortas pelo vírus no estado eram negras. Em Michigan o índice é de 40%.