Economia: secretário do Tesouro amenizou possível atrito entre o presidente do Banco Central e o ministro Paulo Guedes (Ueslei Marcelino/Reuters)
Reuters
Publicado em 26 de novembro de 2020 às 17h07.
Última atualização em 26 de novembro de 2020 às 18h07.
O secretário do Tesouro, Bruno Funchal, afirmou nesta quinta-feira que não há divergência entre o Ministério da Economia e o Banco Central, dizendo ter certeza que o objetivo da autoridade monetária é "totalmente alinhado" com o da pasta.
"Todos fazem parte do mesmo governo", afirmou ele, em coletiva de imprensa.
Na quarta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, havia frisado a necessidade de conquistar a credibilidade com a continuação das reformas e com plano que indicasse clara percepção para investidores de que o país está preocupado com trajetória da dívida.
Questionado sobre a declaração mais tarde, o ministro da Economia, Paulo Guedes, o rebateu.
"O presidente Campos Neto sabe qual é o plano. Se ele tiver um plano melhor, peça a ele qual o plano dele. Pergunta qual o plano dele para recuperar a credibilidade. O plano nós já sabemos qual é, nós já temos", disse Guedes.
Segundo Funchal, o plano para a Economia envolve, nas próximas semanas, a aprovação no Senado das PECs do Pacto Federativo e Emergencial. Na Câmara, a pauta prioritária abarca o PLP 137, que permite pagamento de despesa com recurso vinculado a fundos, além de projetos associados a novos marcos regulatórios e autonomia do BC.