Previdência: Frota acredita ter entre 320 e 340 votos para a aprovação da reforma (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de julho de 2019 às 11h48.
Última atualização em 11 de julho de 2019 às 13h49.
O deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP) disse nesta terça-feira (9) que a bancada do PSL não vai apresentar destaques na votação da reforma da Previdência. O parlamentar afirmou a jornalistas acreditar que o governo tem entre 320 e 340 votos para garantir a aprovação da matéria no plenário, mas observou que ainda é preciso conversar com alguns deputados para "dar uma dobrada neles".
"Sem destaques do PSL e os deputados do PSL não vão votar em outro destaque seja ele qual for. Isso é fechado", disse Frota, que foi coordenador da bancada do PSL na comissão especial que analisou a reforma.
"A gente tem certeza que vai chegar num número bom (na votação da reforma no plenário). Hoje eu te falo que está entre 320 e 340 votos, tem alguns deputados ainda que a gente precisa conversar com eles, dar uma dobrada neles, e tá tudo certo", completou.
Questionado pelo Estadão/Broadcast sobre o que é "dar uma dobrada" nos parlamentares, Frota explicou: "Chamar a atenção deles para que eles possam votar pelo Brasil".
Conforme informou nesta terça-feira o jornal O Estado de S.Paulo, o governo tenta conter o racha do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, para evitar abrir uma "porteira" para novas mudanças na votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. Com 22 dos 54 deputados eleitos com a bandeira da segurança pública, o PSL deve entrar na votação dividido em relação a regras mais brandas para policiais federais, rodoviários e legislativos.
Além da pressão por regras mais suaves para policiais, há também defensores de mudanças nas exigências para professores, juízes, procuradores e até mesmo políticos. Para Frota, o texto "já atende bastante a categoria de policiais".
A equipe econômica alertou ao Palácio do Planalto que, se o PSL ceder às carreiras de segurança pública, poderá haver uma nova onda de pressão por ajustes e risco real de desmonte da economia de R$ 933,9 bilhões nas despesas da Previdência em 10 anos.