Economia

Frigoríficos se movem para exportar para os EUA, diz Maersk

Grandes frigoríficos já se movimentam para contratar frete para exportar carne bovina in natura para os Estados Unidos, disse a Maersk Line


	Carne: o acordo que libera a exportação de carne brasileira in natura para os EUA, concluindo uma negociação de vários anos, foi assinado esta semana em Washington
 (Thinkstock)

Carne: o acordo que libera a exportação de carne brasileira in natura para os EUA, concluindo uma negociação de vários anos, foi assinado esta semana em Washington (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2016 às 17h15.

São Paulo - Grandes frigoríficos brasileiros já se movimentam para contratar frete para exportar carne bovina in natura para os Estados Unidos, disse nesta sexta-feira a Maersk Line, maior operadora global de navios de contêineres.

O acordo que libera a exportação de carne brasileira in natura para os EUA, concluindo uma negociação de vários anos, foi assinado esta semana em Washington.

O Ministério da Agricultura estimou nesta sexta-feira que os embarques devem começar em 90 dias, "após finalização dos trâmites administrativos pelas autoridades sanitárias dos dois países".

"Nossos clientes já estão demandando e finalizando volumes (contratos de frete)", disse à Reuters o diretor de Trade da Maersk Line no Brasil, João Momesso.

Segundo ele, deverá haver uma migração parcial do fluxo de fretes de carne bovina que antes era destinada para a Venezuela --que enfrenta crise financeira e desacelerou compras-- e agora irá para os Estados Unidos.

"As nossas grandes empresas frigoríficas têm buscado novos mercados. Não acredito que o mercado dos EUA vá ser para nós como foi a Venenzuela, mas qualquer coisa em um país de mais de 200 milhões de habitantes (EUA) é bastante volume", completou.

O Ministério da Agricultura estima que essa nova frente de exportações para os EUA deve render faturamento anual de 900 milhões de dólares para o Brasil.

Momesso assinalou ainda que as exportações brasileiras em contêineres de carga seca (sem necessidade de refrigeração) cresceram 35 por cento este ano para o Oriente Médio, aproveitando uma disponibilidade de capacidade. Nestes fretes, a maior parte é de commodities agrícolas.

Em geral, embarcadores oferecem o transporte de cargas agrícolas como frete de retorno para suas rotas, cobrando preços baixos para atrair clientes.

"Temos um boom de açúcar para os mercados do Oriente Médio... As exportações do Brasil para destinos do Oriente Médio em contêineres cresceu", completou o executivo, sem dar detalhes sobre volumes.

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