Economia

França diz que Grécia e credores estão "na direção certa"

Mesmo com o resgate dos credores, a Grécia deve chegar a 2016 com uma dívida pública equivalente a 180% do Produto Interno Bruto


	O premiê da Grécia, Alexis Tsipras: um potencial calote grego poderia ameaçar a estabilidade da zona do euro e da economia global, com a possibilidade de o país deixar o bloco e estimular outras fragmentações
 (Alkis Konstantinidis/Reuters)

O premiê da Grécia, Alexis Tsipras: um potencial calote grego poderia ameaçar a estabilidade da zona do euro e da economia global, com a possibilidade de o país deixar o bloco e estimular outras fragmentações (Alkis Konstantinidis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2015 às 14h39.

São Paulo - O ministro de Finanças da França, Michel Sapin, disse nesta quinta-feira que as negociações entre a Grécia e seus credores internacionais caminham na "direção certa" e acrescentou que espera que as divergências entre os dois lados sejam reduzidas na próxima reunião de ministros de Finanças da zona do euro, que ocorre na segunda-feira (11).

Sapin, que tem participado das conversas, afirmou que a sua expectativa para o encontro é de que "haja um empurrão em direção a um compromisso". No dia seguinte vence a próxima parcela da dívida grega com seus credores (o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu e a União Europeia), no valor de 750 milhões de euros.

"Nós não vamos chegar a um acerto na segunda-feira, mas sim nos próximos dias, porque é absolutamente necessários", disse o ministro. Seu colega, Yannis Varoufakis, concorda com a urgência e afirmou, também hoje, que um acordo deve ser fechado em "alguns dias ou semanas".

Entre os pontos mais polêmicos estão mudanças no sistema previdenciário e no mercado de trabalho da Grécia. O governo do país, que é controlado pelo partido esquerdista Syriza, tem se posicionado contra as medidas. O impasse dura mais de três meses, desde que o Syriza foi eleito, no fim de janeiro.

Um potencial calote grego poderia ameaçar a estabilidade da zona do euro e da economia global, com a possibilidade de o país deixar o bloco e estimular outras fragmentações. A Espanha afirmou que as últimas conversas têm se concentrado em políticas de receita e tributações.

Mesmo com o resgate dos credores, a Grécia deve chegar a 2016 com uma dívida pública equivalente a 180% do Produto Interno Bruto (PIB), o que reforça a percepção de que a ajuda deve continuar. "Temos de olhar para o apoio além de junho", disse Sapin, referindo-se ao período em que expira o prazo para um acordo com a Grécia. Com informações da Associated Press

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