Economia

França cortará impostos e aumentará pensões em resposta a coletes amarelos

Macron confirmou nesta quinta-feira que o governo prevê corte de 5 bilhões de euros no imposto de renda e vinculação das pensões a inflação

França: Macron pretende que as pensões contributivas fiquem acima de mil euros (Estelle Ruiz/Getty Images)

França: Macron pretende que as pensões contributivas fiquem acima de mil euros (Estelle Ruiz/Getty Images)

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EFE

Publicado em 25 de abril de 2019 às 16h11.

Paris — O presidente da França, Emmanuel Macron, confirmou nesta quinta-feira que prevê cortar em cerca de 5 bilhões de euros o imposto de renda, ao mesmo tempo que pretende vincular as pensões mais baixas com a inflação, em resposta aos protestos feitos pelo movimento dos "coletes amarelos".

Em entrevista coletiva, Macron defendeu a necessidade de "trabalhar mais" para compensar a queda de impostos e a redução do gasto público prevista por seu Governo.

"Cerca de 5 bilhões, penso que seria bom", disse sobre a redução desejada no imposto de renda, embora tenha deixado nas mãos do seu gabinete detalhar o montante, acrescentando que esta diminuição será financiada em parte com o fim de algumas isenções fiscais que beneficiam as empresas.

A respeito da previdência, a intenção de Macron é que o mínimo para as pensões contributivas fique acima dos 1.000 euros.

Macron defendeu o alongamento do período de cobrança dos trabalhadores, embora não queira que a idade legal para a aposentadoria seja aumentada.

 

O presidente francês também enumerou outros objetivos para o resto do mandato, como uma reforma constitucional que permita uma descentralização "diferenciada", a redução do número de parlamentares e a introdução de uma porcentagem de proporcionalidade na Câmara Baixa.

Macron se mostrou favorável ao fechamento da Escola Nacional de Administração (ENA) - formadora do alto escalão do funcionalismo público do país - uma das medidas mais polêmicas de seu discurso e que tinha previsto anunciar no dia 15 de abril, cancelado por causa do incêndio na catedral de Notre Dame.

As principais medidas anunciadas hoje já tinham sido vazadas pela imprensa francesa após a anulação do discurso televisionado, que finalmente não aconteceu.

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