Economia

França alerta para uma nova "guerra fria" entre EUA e China

Pequim e Washington vivem há dois anos uma guerra comercial que influencia e prejudica o comércio internacional

Guerra comercial entre EUA e China: a nova pandemia alimentou as tensões entre ambas potências econômicas (Rawf8/Getty Images)

Guerra comercial entre EUA e China: a nova pandemia alimentou as tensões entre ambas potências econômicas (Rawf8/Getty Images)

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AFP

Publicado em 27 de maio de 2020 às 20h45.

Última atualização em 27 de maio de 2020 às 21h08.

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, alertou nesta quarta-feira (27) à Europa para não se envolver em uma nova "guerra fria" entre os Estados Unidos e a China.

"Não acho que seja preciso se envolver em uma lógica de confronto bipolar mundial", ressaltou Le Drian diante da Comissão das Relações Exteriores e Defesa do Senado.

"Não há necessidade de voltar à guerra fria", enfatizou, referindo-se a escalada de tensão entre Washington e Pequim, que lembra o confronto entre americanos e soviéticos durante o século XX.

Pequim e Washington vivem há dois anos uma guerra comercial incentivada pelo presidente americano, Donald Trump, que prejudica o comércio internacional.

Mas a nova pandemia alimentou as tensões entre ambas potências econômicas, a ponto de Donald Trump chegar a ameaçar cortar "todas as relações" com a China.

No último domingo, a China trouxe à tona novamente o fantasma de uma "nova guerra fria", depois que os Estados Unidos criticaram sua forma de gerenciar a crise do novo coronavírus.

"A melhor maneira de evitar ser arrastado para esse confronto, e não iniciar uma segunda guerra fria, é que a Europa seja autônoma", argumentou o chefe da diplomacia francesa.

"É necessário que a Europa diga não à radicalização dos posicionamentos, afirme seus próprios interesses e se recuse a participar de um conflito americano e chinês", acrescentou.

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