Economia

Fórum Econômico Mundial inicia investigação contra seu fundador

Klaus Schwab renunciou à presidência do conselho da organização. Alvo de denúncias, ele nega as acusações

Klaus Schwab: presidente do Fórum Econômico Mundial (WEF), renunciou ao conselho da organização. Ele é alvo de denúncias por desvio de recursos (World Economic Forum/Pascal Bitz/Divulgação)

Klaus Schwab: presidente do Fórum Econômico Mundial (WEF), renunciou ao conselho da organização. Ele é alvo de denúncias por desvio de recursos (World Economic Forum/Pascal Bitz/Divulgação)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 23 de abril de 2025 às 12h28.

Última atualização em 23 de abril de 2025 às 12h35.

Tudo sobreFórum Econômico Mundial
Saiba mais

O Fórum Econômico Mundial confirmou nesta quarta-feira, 23, que abriu uma investigação contra seu fundador, Klaus Schwab, após acusações feitas em uma carta anônima, que levaram à sua renúncia.

O Wall Street Journal revelou nesta quarta-feira que, na semana passada, o conselho de administração da organização recebeu uma carta anônima na qual Schwab e sua esposa Hilde foram acusados de “misturar assuntos pessoais com os recursos do Fórum, sem a devida supervisão”.

Um porta-voz de Schwab, contatado pelo jornal americano, negou todas as acusações.

Segundo o jornal, a carta anônima teria sido enviada por antigos e atuais funcionários, o que levou o conselho de administração a realizar uma reunião de emergência “no Domingo de Páscoa”.

Schwab então optou por “uma renúncia imediata” ao cargo de presidente do conselho, “em vez de permanecer durante um período de transição prolongado, como estava previsto”, acrescentou o Wall Street Journal, que se baseia em fontes informadas não identificadas.

Uso de recursos do Fórum Mundial

A carta inclui acusações segundo as quais o fundador do Fórum — conhecido por reunir anualmente a elite mundial na estação de esqui suíça de Davos — teria pedido a jovens funcionários que sacassem “milhares de dólares” em caixas eletrônicos para ele. E teria usado fundos da organização para pagar massagens durante estadias em hotéis.

Contactado pela AFP, o Fórum confirmou que foi aberta uma investigação interna.

A organização afirmou em comunicado que, embora “leve as acusações a sério”, estas “não estão comprovadas”. Por isso, não fará mais comentários até a conclusão da investigação.

Klaus Schwab, de 87 anos, renunciou na segunda-feira com efeito imediato, sem dar mais detalhes sobre os motivos de sua saída, mencionando apenas sua idade.

Seu porta-voz rejeitou as acusações, explicando que Schwab pretende tomar medidas legais contra quem estiver por trás da carta anônima ou “qualquer um que propague essas falsidades”.

Acompanhe tudo sobre:Fórum Econômico MundialEscândalos

Mais de Economia

Reforma tributária na prática: webinar da EXAME debate com especialistas o que esperar das mudanças

Empresas de diferentes setores começam a sentir impactos das tarifas de Trump

Governo Lula estuda substituir cartões de VA e VR por Pix para gastos com alimentação

Mercados em condomínios representaram 53% das unidades abertas em SP no ano passado, diz associação