Economia

Fórum Econômico Mundial alerta para risco da desigualdade

Fórum alertou o risco que a crescente disparidade entre países ricos e pobres representa para estabilidade do mundo nos próximos dez anos


	Morador de rua dorme em frente a estação de metrô de Atenas, na Grécia: relatório analisa um total de 31 riscos para os próximos dez anos
 (REUTERS/Yannis Behrakis)

Morador de rua dorme em frente a estação de metrô de Atenas, na Grécia: relatório analisa um total de 31 riscos para os próximos dez anos (REUTERS/Yannis Behrakis)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2014 às 09h27.

Londres - O Fórum Econômico Mundial alertou nesta quinta-feira em seu relatório anual do risco que a crescente disparidade entre países ricos e pobres representa para estabilidade do mundo nos próximos dez anos.

O informe "Riscos Globais 2014", apresentado em Londres, também cita as desigualdades de renda dentro dos próprios países, o que aumenta o risco de instabilidade social e de conflitos.

O Fórum Econômico Mundial irá ocorrer entre os dias 22 e 25 de janeiro em Davos, na Suíça. O texto considera ainda que a diferença de renda ajuda a provocar uma crise de alimentos e pandemias de saúde, o que ameaça o desenvolvimento e a economia.

O relatório foi elaborado por políticos, acadêmicos e empresários e analisa um total de 31 riscos para os próximos dez anos, desafios que só se podem ser enfrentados com "cooperação internacional".

Entre os dez primeiros e mais preocupantes estão, além das diferenças econômicas, as crises fiscais, o alto desemprego estrutural e as crises de água.

Também se destacam a mudança climática, a maior incidência de fenômenos meteorológicos -como inundações e incêndios- e o fracasso do governo mundial, com instituições multilaterais cada vez mais questionadas.

Além disso, consideram-se riscos potenciais uma crise alimentícia, a possibilidade de novos erros do sistema e instituições financeiras e uma profunda instabilidade política e social.

Destes riscos, segundo os autores do relatório, os mais prováveis são, depois da desigualdade de renda, os fenômenos climáticos extremos, o desemprego e subemprego, a mudança climática e os ataques cibernéticos.

Os de mais impacto social seriam as crises fiscais, de novo a mudança climática e as crises de água, assim como o alto desemprego que hoje em dia afeta "economias maduras", como Grécia e Espanha.

Também se considera um perigo para a sociedade, tão dependente da comunicação pela internet, "uma interrupção crítica da infraestrutura da informação" a "uma escala capaz de desintegrar sistemas ou inclusive sociedades".

O relatório reconhece que as recentes revelações sobre vigilância governamental diminuíram o desejo da comunidade internacional de melhorar a governança da rede mundial, o que expõe o sistema aos hackers. 

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