Economia

Fornecer água e comida à família é o desafio da africana

Para as mulheres rurais do continente, a tarefa tem sido agravada pelos efeitos da mudança climática

Em 2011, a Somália sofreu com a pior seca de sua história (Roberto Schmidt/AFP)

Em 2011, a Somália sofreu com a pior seca de sua história (Roberto Schmidt/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2012 às 20h51.

Nairóbi - O maior desafio da mulher rural na África é garantir dentro de casa comida e água a sua família, tarefa agravada pelos efeitos da mudança climática, afirmou nesta quinta-feira à Agência Efe Wanjira Maathai, diretora da organização ecológica Green Belt Movement.

A filha da queniana ganhadora do prêmio Nobel da Paz de 2004 - Wangari Maathai, falecida em 25 de setembro do ano passado - revelou que 'a mudança climática está complicando o trabalho' feito por milhões de mulheres em todo o continente, 60% da população vive na zona rural, conforme números da ONU Habitat.

Após um ato de comemoração ao Dia Internacional da Mulher na Embaixada da Espanha em Nairóbi, Maathai assinalou, no entanto, que também se materializaram importantes avanços na área, como a garantia de maior participação política para as mulheres assegurada na Constituição promulgada em agosto de 2010.

'Quanto mais mulheres estiverem em postos decisivos, mais conseguiremos mudanças', apontou a ativista.

Um número que Maathai espera que aumente após as próximas eleições quenianas, ainda sem data, mas previstas para ocorrer entre dezembro de 2012 e março de 2013.

Conforme a Federação de Mulheres Advogadas do Quênia, a nova Carta Magna reconhece - entre outros avanços na matéria - os mesmos direitos no casamento, igualdade de responsabilidade com os filhos sem importar o estado civil e a eliminação da discriminação de gênero em questões de propriedade e herança.

A Embaixada da Espanha em Nairóbi organizou uma exposição de fotografias sobre os aspectos cotidianos da vida das mulheres residentes em favelas da capital queniana.

As imagens, feitas por jovens fotógrafos do bairro pobre de Mathare, serão expostas, pelos próximos dez dias, na parte traseira de mais de 30 'matatus', nome dado aos populares microonibus públicos do país. 

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