Economia

Força Sindical diz que governo jogou a toalha

Decisão do Copom de elevar a taxa Selic para 10,75% ao ano não foi bem recebida pela Força Sindical


	Reunião do Copom: segundo a Força Sindical, a "alta irá prejudicar as categorias com datas-base no 1º semestre"
 (Agência Brasil)

Reunião do Copom: segundo a Força Sindical, a "alta irá prejudicar as categorias com datas-base no 1º semestre" (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 22h10.

Brasília - A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic de 10,5% para 10,75% ao ano não foi bem recebida pela Força Sindical. Em nota, a entidade afirma que essa alta "mostra que nós, trabalhadores, devemos intensificar as mobilizações para manter nossos empregos e garantir aumentos reais nas negociações das convenções coletivas. A alta irá prejudicar as categorias com datas-base no 1º semestre".

Segundo a Força Sindical, "ficou escancarado que o governo não tem repertório para tocar a política econômica, depois da oitava alta consecutiva da Selic". Cita, ainda, que o governo "reedita medidas do passado de uma forma errática e inexorável" e que "parece que a prioridade é a eleição".

"Entendemos que a inflação e seus efeitos são conhecidos, mas surpreende a reação diante dela. Os 20 anos de valorização cambial e os baixos investimentos (públicos e privados) são aspectos que agravaram o problema e deixam pouca margem em momentos turbulentos da economia. Basta olharmos para a indústria, setor mais dinâmico da economia, que estagnou e já reduz as ocupações no setor (-1,1%), o comércio varejista amargou o pior resultado em dez anos e o mês de dezembro que geralmente é o mês que as vendas crescem, decepcionou com queda de -0,2%", cita nota assinada pelo presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Segundo a Força Sindical, o atual governo "abandonou seu projeto desenvolvimentista, jogou a toalha". E traz críticas ao ministro da Fazenda, Guido Mantega. A Força Sindical diz que o ministro afirma que a "consolidação fiscal que viabiliza a sustentabilidade do crescimento econômico e contribui para o combate à inflação e que os instrumentos utilizados são a contenção de despesas de custeio e ampliação dos investimentos", mas corta R$ 7 bilhões de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Acompanhe tudo sobre:CopomEstatísticasIndicadores econômicosJurosPolítica monetáriaSelic

Mais de Economia

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições

Ministros apresentam a Lula relação de projetos para receber investimentos da China