Economia

Foi escorregadão, diz Renan Calheiros sobre discurso de Levy

"Temos que fazer um ajuste profundo, cortando no setor público, revisando contratos. É essa resposta que o Brasil precisa", afirmou o presidente do Senado


	Renan Calheiros: ele rebateu Joaquim Levy, que disse que houve uma "escorregadinha"
 (Moreira Mariz/Agência Senado)

Renan Calheiros: ele rebateu Joaquim Levy, que disse que houve uma "escorregadinha" (Moreira Mariz/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 17h22.

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), discordou nesta quarta-feira, 25, publicamente de um comentário feito na segunda-feira pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sobre o equilíbrio das contas públicas brasileiras em evento da Câmara de Comércio Brasil-França, em São Paulo.

Renan rebateu Levy, que disse que houve uma "escorregadinha", afirmando que houve um "escorregadão".

"O que parece é que não foi uma escorregadinha, foi um escorregadão. Temos que fazer um ajuste profundo, cortando no setor público, revisando contratos. É essa resposta que o Brasil precisa", afirmou Renan, em entrevista no Senado.

Renan Calheiros foi um dos convidados de um jantar promovido pelo vice-presidente da República e presidente do PMDB, Michel Temer, com a presença de Joaquim Levy e dos ministros da Casa Civil, Aloizio Mercadante, do Planejamento, Nelson Barbosa, e Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, com lideranças peemedebistas.

Para o presidente do Senado, o governo precisa realizar cortes no próprio setor público, inclusive em cargos comissionados do Poder Executivo, como ele fez no Legislativo, e mostrar que o ajuste fiscal que pretende fazer tem "começo, meio e fim" para que a sociedade entenda a necessidade das mudanças para reequilibrar as contas do país e retomar o crescimento econômico.

Ele disse que é preciso restaurar rapidamente a confiança na economia nacional.

"Acho que é essa confiança que precisamos restaurar no povo brasileiro e nos agentes econômicos para que continuem os investimentos, para que o Brasil volte a ser uma economia que cresce no mundo e volte a gerar empregos", disse.

Assim como tem feito nos últimos dias, o peemedebista voltou a defender que o PMDB assuma um papel de protagonismo na definição das políticas públicas dentro da coalizão do governo.

"Não é discutir cargos, espaço, é discutir programas, o que fazer, quais são as prioridades. O papel do PMDB é estabelecer um fundamento para a coalizão", destacou.

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